Economia & Mercados
31/10/2018 11:30

Receita de prestação de serviço do Santander cai 3,3% no 3º tri para R$ 4,135 bi


As receitas de prestação de serviço do Santander Brasil totalizaram R$ 4,135 bilhões no terceiro trimestre, queda de 3,3% ante o segundo, de R$ 4,275 bilhões. Em um ano, porém, quando estavam R$ 3,871 bilhões, houve incremento de 6,82%.

No acumulado do ano até setembro, as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias totalizaram R$ 12,544 bilhões, alta de 10,3% ante igual intervalo de 2017.

O impulso veio, conforme o Santander, principalmente, do segmento de cartões de crédito e serviços de adquirência por meio da GetNet, conta corrente e seguros.

Inadimplência
O índice de inadimplência do Santander Brasil, considerando atrasos acima de 90 dias, teve piora de 0,1 ponto porcentual no terceiro trimestre ante o segundo, alcançando 2,9% ao fim de setembro. Em um ano, entretanto, o indicador mostra estabilidade.

O Santander explica, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que o aumento da inadimplência no terceiro trimestre se deu por conta de um caso específico no segmento de grandes empresas. Com isso, o indicador de calotes da pessoa jurídica teve piora de 0,2 p.p. no terceiro trimestre ante o segundo, mas permaneceu estável em 12 meses.

Já o índice de inadimplência pessoa física alcançou 3,8% no fim de setembro, aumento de 0,1 p.p. em doze meses e estabilidade em relação ao trimestre anterior.

O custo de crédito do Santander atingiu 3,1% no terceiro trimestre de 2018 o que representa uma queda de 0,2 p.p. em doze meses e 0,1 p.p. em três meses.

O índice de inadimplência de curto prazo, que considera atrasos entre 15 e 90 dias, atingiu 4,0% no final de setembro de 2018, queda de 0,5 p.p. em doze meses e 0,2 p.p. em três meses. Tanto o indicador da pessoa física quando o da pessoa jurídica tiveram melhora no período.

Provisões
As despesas com provisão para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, do Santander Brasil somaram R$ 3,126 bilhões de julho a setembro, com queda de 1,7% ante os três meses anteriores, de R$ 3,181 bilhões. Em um ano, quando estavam em R$ 3,051 bilhões, a alta foi de 2,46%.

O saldo de PDDs foi a R$ 18,224 bilhões no terceiro trimestre, cifra 5,2% maior em um ano, quando estava em R$ 17,327 bilhões. Ante o segundo trimestre, quando foi de R$ 18,096 bilhões, com leve alta de 0,7%.

Índice de Basileia
O índice de Basileia do Santander Brasil foi a 15,3% no terceiro trimestre, melhora de 0,5 ponto porcentual em relação ao segundo, quando estava em 14,8%. Em um ano, porém, foi vista redução de 0,9 p.p. O indicador mostra o quanto o banco pode emprestar sem comprometer o seu capital. Neste caso, quanto maior, melhor.

De acordo com o Santander, a queda no comparativo anual é explicada, principalmente, pelo impacto sobre as deduções de capital do cronograma de Basileia III que passaram de 80% em 2017 para 100% em 2018.

"No trimestre, o índice subiu 0,5 p.p. influenciado pela melhora no capital principal, em função do aumento dos lucros acumulados e melhores níveis de dedução, que compensou o crescimento do risco de crédito (RWA, na sigla em inglês) no período", acrescenta o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

O Santander enfatiza ainda, no documento, que seu índice supera em 4,3 p.p. a soma dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência e Adicionais de Capital Principal.

O capital principal, ou seja, próprio dos acionistas, atingiu 12,6% ao fim de setembro, queda de 0,7 p.p. em doze meses e aumento de 0,2 p.p. em três meses.

Lembra também, em relatório, que desde janeiro deste ano, a exigência de capital regulatória foi alterada de 9,25% para 8,625% mais capital de conservação de 1,875% mais adicional de importância sistemicamente de 0,5%, totalizando 11%. Com isso, o Capital Nível I atinge 8,375% e o Capital Principal 6,875%.

O banco faz ainda uma simulação caso aplicasse de imediato e integralmente as regras de Basileia III. Nesse cenário, o Capital Principal teria alcançado 12,6% em setembro de 2018, redução de 0,7 p.p. em doze meses, influenciado pelo aumento no RWA. No trimestre, o índice aumentou 0,2 p.p. devido à melhora de capital decorrente do crescimento dos lucros acumulados e da melhora nos níveis de dedução.

Margem financeira bruta
A margem financeira bruta do Santander Brasil totalizou R$ 10,629 bilhões no terceiro trimestre deste ano, elevação de 1,6% ante o segundo, quando ficou em R$ 10,460 bilhões. Em um ano, quando estava em R$ 9,863 bilhões, foi identificada elevação de 7,76%.

O aumento no trimestre foi possível, conforme o banco, devido aos maiores ganhos de atividades com o mercado e de receitas advindas de depósitos, enquanto que a margem de crédito foi suavizada pela redução dos spreads.

O spread de crédito do Santander foi a 9,7% ao ano ao fim de setembro, com queda de 0,5 ponto porcentual ante o término de junho, de 10,2%. Em um ano, porém, subiu 0,3 p.p.

Despesas gerais
As despesas gerais do Santander Brasil somaram R$ 5,020 bilhões de julho a setembro, cifra 3,2% maior que a vista nos três meses anteriores, de R$ 4,867 bilhões. No acumulado do ano, totalizaram R$ 14,692 bilhões, com elevação de 5,1% em relação aos nove primeiros meses de 2017.

"O desempenho em ambos períodos é explicado, principalmente, pelas maiores despesas com processamento de dados e com pessoal, acompanhando a dinâmica do negócio", explica o Santander, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

Os gastos com pessoal, incluindo PLR, atingiram R$ 6,926 milhões entre janeiro e setembro de 2018, incremento de 3,0% em 12 meses e de 2,0% no trimestre.

O aumento ocorreu, segundo o Santander, por conta dos maiores gastos com encargos e remuneração, alinhados à meritocracia e ao desempenho de seus negócios. "Ambos períodos também foram impactados pelo acordo coletivo ocorrido em setembro de 2018", acrescenta a instituição.

Agências e funcionários
O Santander fechou setembro com 2.276 agências, 14 a mais ante junho. Em um ano, foram adicionadas 21 novas unidades. O total de funcionários do banco era de 47.836 no terceiro trimestre, redução de 172 pessoas ante o segundo. Em um ano, porém, o banco contratou 1.102 novas pessoas.
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