Agronegócios
22/06/2017 10:25

Haitong/Serrano: nossa leitura é de que o mais provável é corte de 0,75pp (da Selic) em julho


São Paulo, 22/06/2017 - A mensagem trazida pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado há pouco pelo Banco Central (BC) é bastante parecida com a mensagem da ata da última reunião do Copom, avalia o economista-sênior do Haitong Banco de Investimento do Brasil, Flávio Serrano. Ou seja, a autoridade monetária voltou a mencionar que uma redução moderada no ritmo de corte da Selic no próximo comitê deveria se mostrar adequada.

"Porém, ressaltou que isso ainda depende da evolução do cenário de riscos", destacou Serrano. Segundo o economista, na verdade, o BC deixou a porta aberta tanto para um corte da Selic em 0,75 ponto porcentual quanto para uma redução de 1 ponto. "Como há uma distância relevante entre hoje e a próxima reunião, é importante deixar a porta aberta para uma eventual surpresa", ponderou Serrano.

Para ele, o cenário doméstico incerto reserva riscos diversos o que justifica a cautela demonstrada pelo BC no relatório. "O mais provável é um corte de 0,75 ponto porcentual. Porém, parece óbvio que pelo bom comportamento da inflação e expectativas de uma atividade ainda fraca, 1 ponto porcentual não pode ser descartado", disse.

Ainda de acordo com o economista do Haitong, as projeções de inflação do modelo mostram o IPCA indo para 4,5% e voltando para 4,3% em 2019. "Esse cenário parece reforçar a perspectiva de queda de juros porque a inflação segue compatível com a meta no horizonte de médio prazo. Pensando para 2019, parece compatível com a continuidade do ciclo de flexibilização", avaliou o economista.

Serrano também avalia que o cenário prospectivo para a inflação permite prever uma redução da meta de inflação de 2019 na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) no final deste mês. (Francisco Carlos de Assis - francisco.assis@estadao.com)
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