Agronegócios
22/06/2017 09:53

ARX/Solange: eventual queda na meta do IPCA/2019 não deve atrapalhar Selic de chegar a 8,5%


São Paulo, 22/06/2017 - As expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado há pouco pelo Banco Central (BC), são bastante positivas no sentido de que a inflação para 2019 está indo na trajetória do centro da meta. A avaliação é da economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour Chachamovitz. Neste contexto, Solange entende que provavelmente a meta inflacionária pode cair de 4,50% para cerca de 4,25% no encontro do Conselho Monetário Nacional (CMN) este mês. "E sem prejudicar a taxa Selic de terminar em 8,50%. Agora, há tranquilidade em relação a esse nível", afirma.

A economista ressalta que, no RTI, o BC não se compromete com um ritmo de queda da taxa básica de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em julho. "Está completamente em aberto", diz. Ela relembra que no último encontro do Copom, o Banco Central considerou uma "redução moderada do ritmo de flexibilização monetária em relação ao ritmo adotado deve se mostrar adequada em sua próxima reunião", escreveu o Copom. A frase também foi repetida no RTI que também tentou relativizar o quadro, citando que "o ritmo de flexibilização monetária continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação".

Diante desse cenário, Solange avalia que será preciso acompanhar a evolução dos dados de atividade, inflação, expectativas inflacionárias e o câmbio até a próxima reunião do Copom, no mês que vem. "Vai depender muito da inflação até lá. Se o câmbio se mantiver no nível atual, é mais provável um corte de um ponto do que uma redução de 0,75 ponto porcentual. Tem grande probabilidade de ser queda de um ponto, mas está em aberto", explica. "O BC vai adequar seus cenários às incertezas", completa.

Para a economista, o IPCA-15 de junho, que será divulgado amanhã, será bastante importante, pois pode até já apresentar deflação. A expectativa do mercado e até mesmo do BC, como citado no RTI, é de que somente o IPCA fechado do mês possa apresentar queda. "Mas não se pode descartar [um recuo] já no IPCA-15.

Pesquisa do Projeções Broadcast com 47 instituições mostram as expectativas entre recuo de 0,10% a alta de 0,22%, com mediana positiva de 0,11%. Em maio, o IPCA-15 fora de 0,24%. (Maria Regina Silva - maria.regina@estadao.com)
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