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19/02/2018 13:18

2018 deve ser o ano de retomada da Bolsa?


São Paulo--(DINO - 19 fev, 2018) - Depois de dois anos de estagnação, o mercado de capitais brasileiro começou a dar sinais de retomada em 2017, com o retorno das ofertas públicas de ações e a valorização dos ativos. Para 2018, é esperada a continuidade desse cenário - e várias empresas já anunciaram a intenção de realizar sua abertura de capital ou novas captações de recursos via mercado. A pergunta que fica é se esse movimento é sustentável ou é apenas o aproveitamento de uma janela de oportunidade que se abre em meio à crise fiscal e a uma corrida eleitoral nebulosa. As análises de especialistas que a Revista RI traz em sua edição de fevereiro apontam para os dois lados, mas o fato é que o mercado se mostra mais maduro e torná-lo o principal financiador de longo prazo para as empresas é sinal de desenvolvimento econômico.

Ainda que distante dos níveis de IPOs observados há uma década - somente em 2007, segundos os dados da B3, foram realizadas 76 ofertas de ações, de colocações iniciais a aumentos de capital - há uma retomada. Em 2017, foram 25 colocações, que superaram os R$ 40 bilhões. Analistas estimam que esse valor deve se repetir em 2018 e as ofertas se concentrarão nos primeiros meses do ano devido à instabilidade provocada pelas eleições.

Dentre as empresas que planejam colocações estão a Centauro, Blau Farmacêutica, Algar Telecom e a varejista de brinquedos Ri Happy. Além dessas, destacam-se na fila o grupo de saúde nordestino Hapvida, a varejista gaúcha Quero-Quero e a administradora de shopping centers HSI/Saphyr, além do mineiro Banco Inter. O volume deve estar alinhado com 2017, por volta dos R$ 40 bilhões. "Há uma demanda reprimida para acessar o mercado. Várias empresas já começaram a se preparar e nem todas tornaram sua intenção pública", diz o advogado Marcos Ribeiro, do Stocche Forbes - especialista em Mercado de Capitais. A corretora Modalmais, do banco Modal, estuda realizar seu IPO em 2019. "A reação dos IPOs começou em 2017. Foi uma interessante retomada com muita barganha de preço por parte dos investidores, e empresas acharam o valor abaixo do esperado", afirma o economista, ex-presidente da CVM, Roberto Teixeira da Costa.

Apesar do movimento atual, os fundamentos econômicos levam a questionamentos se a tendência é sustentável ou apenas o aproveitamento de uma janela de oportunidade. "As empresas ainda estão muito endividadas e a ociosidade é grande. A recessão foi muito forte para o setor industrial. Se não fosse o desempenho do agronegócio, o comportamento do PIB seria muito pior. Não há justificativa para que as empresas façam investimentos", diz o economista e advogado Francisco Petros, sócio do Fernandes, Figueiredo, Françoso e Petros Advogados.

A edição de fevereiro da Revista RI traz a avaliação de diversos analistas sobre como o mercado deve se comportar nos próximos anos. A publicação começa a circular nesta segunda-feira, 19/02, mas já pode ser conferida em sua versão digital no site: www.revistari.com.br


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