Política
24/05/2018 11:47

Marina: Governo tem que se antecipar a problemas como o dos combustíveis


São Paulo, 24/05/2018 - A ex-senadora Marina Silva criticou o governo Michel Temer, diante dos desdobramentos da crise formada em torno do aumento dos preços de combustíveis. A presidenciável da Rede disse que o Planalto deveria se antecipar a problemas como este e afirmou que considera que a Petrobras tem uma "margem" para ajustar preços.

Em sabatina realizada por Folha de S. Paulo, UOL e SBT, Marina ponderou que nem todos os valores que impactam no preço final dos combustíveis sofrem de fato variação do dólar. "Ninguém aumenta aumenta tarifa de luz todo dia em função do dólar. O preço do combustível tem que seguir uma certa lógica", disse.

Ainda sobre a greve dos caminhoneiros e os preços dos combustíveis, Marina defendeu o projeto que estabelece um teto para o valor do ICMS sobre esses produtos.

Embora tenha criticado a condução da crise, Marina avisou que não tem a intenção de mexer no tripé da política macroeconômica, pautado por superávit primário, câmbio flutuante e meta de inflação. "Não vamos reinventar a roda", declarou.

Lula. Marina também comentou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Perguntada se acha certo o petista apresentar-se como candidato mesmo estando preso, Marina disse que a lei "tem de ser cumprida". "Em uma democracia não se pode mudar a lei para atender a uma pessoa".

Marina também afirmou que o PT, partido ao qual já foi filiada, deveria fazer uma autocrítica diante dos escândalos de corrupção que envolveram seus principais dirigentes. Segundo ela, "essa história de que não sabia de corrupção" evidencia incompetência ou conivência das instâncias partidárias.

Temas. Marina também foi questionada, durante a entrevista, sobre suas posições em relação a assuntos polêmicos, como políticas relacionadas ao porte de armas. A ex-senadora, nesse caso, afirmou que é contra "liberar geral". "Não vai ser o cidadão quem vai fazer justiça com as próprias mãos", disse.

Sobre a decisão de não assinar uma carta de compromissos endereçada a ela por entidades LGBTI, Marina afirmou que ainda está preparando seu programa de governo, que vai incorporar sugestões de diversos setores da sociedade.
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