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7 de novembro de 2025
Por Flávia Said
O Tesouro Nacional acaba de confirmou a captação de US$ 2,250 bilhões com emissão de títulos de dívida no exterior com características sustentáveis. O valor do montante levantado foi antecipado pela Broadcast. Segundo nota do Tesouro, a demanda para a operação atingiu R$ 6,7 bilhões em seu pico.
A operação no mercado norte-americano contou com a emissão de um novo título sustentável de 7 anos, denominado Global 2033 Sustentável, e com a reabertura do atual benchmark de 10 anos, o Global 2035.
A operação foi liderada pelos bancos Citibank, Deutsche Bank e Goldman Sachs. A liquidação financeira ocorrerá em 14 de novembro de 2025.
Esta é a terceira emissão de títulos soberanos sustentáveis em dólares pelo Brasil até o momento. A primeira foi feita em novembro de 2023 e a segunda, em junho de 2024. Há um ano, o governo publicou o primeiro relatório de alocação e impacto das emissões de títulos sustentáveis.
Global 2033 Sustentável
A transação envolveu US$ 1,5 bilhão em bonds com vencimento em 4 de fevereiro de 2033, emitidos à taxa de 5,500% a.a., inferior à taxa ao redor de 6%, como ideia no lançamento da oferta. O pagamento semestral será realizado a cada dia 4 dos meses de fevereiro e agosto. A emissão foi realizada ao preço de 98,515% do seu valor de face, resultando em uma taxa de retorno para o investidor de 5,75% a.a., que corresponde a um spread de 187,4 pontos-base acima da Treasury de referência (título do Tesouro norte-americano).
O Tesouro Nacional sustentou que o prêmio de risco historicamente baixo “reflete a percepção favorável do mercado internacional quanto à credibilidade do país”.
Global 2035
Outros US$ 750 milhões foram levantados na reabertura dos bonds 2035, ao redor da ideia de 6,5%. Os bonds 2035 pagam juro (cupom) anual de 6,625%, cujo pagamento semestral é realizado a cada dia 15 dos meses de março e setembro. A emissão foi realizada ao preço de 102,967% do seu valor de face, resultando em uma taxa de retorno para o investidor de 6,200% a.a., que corresponde a um spread de 210,9 pontos-base acima da Treasury de referência (título do Tesouro norte-americano).
O órgão do Ministério da Fazenda informou que houve aumento de 30% sobre a emissão original, que, somadas à primeira reabertura, totalizam US$ 4,5 bilhões em circulação.
“A forte demanda pela reemissão do título lançado apenas no início deste ano evidencia a confiança dos investidores na robustez e atratividade da dívida soberana brasileira”, disse o Tesouro. Esta emissão teve um ápice de mais de 150 participantes no livro de ofertas.
Ainda segundo o órgão, a alocação final contou com “expressiva participação investidores não residentes e de contas ESG (Environmental, Social and Governance)”, sendo cerca de 74% oriundos da Europa e da América do Norte.
“A emissão reforça o importante papel da dívida externa para o alongamento do prazo médio da dívida, diversificação e ampliação da base de investidores. Adicionalmente, corrobora o papel da Dívida Pública Federal externa no estabelecimento de benchmarks líquidos e na curva de juros soberana, como referência para futuras emissões de empresas brasileiras no exterior. A emissão contribui para a redução do custo de financiamento e fortalece pontos estratégico da curva, frequentemente utilizados como referência por emissores corporativos”, completou.
Alocação
O governo federal se comprometeu a alocar o montante equivalente aos recursos captados em categorias elegíveis de despesas, que impulsionem a sustentabilidade e contribuam para a mitigação das mudanças climáticas, para a conservação dos recursos naturais e para o desenvolvimento social, conforme estabelecido no Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis.
A alocação de recursos prevista para esta terceira emissão soberana sustentável observará os seguintes porcentuais indicativos:
– 50% a 60% dos recursos em gasto ambiental;
– 40% a 50% dos recursos em gasto social.
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