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Tarcísio, sobre Enel: Após caducidade, vamos partir para transferência de controle

18 de dezembro de 2025

Por Geovani Bucci

São Paulo, 18/12/2025 – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), subiu o tom novamente contra a Enel Distribuição São Paulo nesta quarta-feira, 18, e defendeu mais uma vez a operação do serviço de energia elétrica no Estado. Ele afirmou que, após a decretação da caducidade do contrato, os governos federal, estadual e municipal trabalharão pela transferência de controle da concessionária.

“A melhor maneira de proteger o cidadão da Enel é tirar a Enel daqui”, disse Tarcísio, ao sustentar que a concessionária não demonstra capacidade nem disposição para atender adequadamente os consumidores. “Quanto mais tempo demorar, mais tempo vai levar para resolver o problema”, afirmou.

Tarcísio ressaltou que a posição contrária à permanência da Enel é compartilhada por diferentes esferas de governo. Segundo ele, há convergência entre os níveis estadual, municipal e federal quanto à necessidade de uma resposta mais dura à concessionária, embora tenha frisado que o setor elétrico é de competência da União. O governador disse ainda que, desde 2023, o governo paulista vem alertando o Ministério de Minas e Energia sobre as falhas da empresa.

Na avaliação de Tarcísio, a Enel estaria apostando na renovação automática do contrato, o que classificou como inaceitável. “A Enel está esperando que a renovação caia do céu. Isso seria um deboche com São Paulo”, afirmou.

O governador voltou a citar que a concessionária atende cerca de 24 municípios, abrangendo aproximadamente 10% da população brasileira e uma região responsável por cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Segundo Tarcísio, a empresa apresenta a pior performance entre as concessionárias que operam em São Paulo, o que reforça, em sua avaliação, a necessidade de avançar no processo de caducidade e, na sequência, na transferência de controle, modelo já adotado em outros Estados, como Maranhão e Goiás.

Tarcísio afirmou que o governo paulista acompanhará de perto os próximos passos regulatórios e não descartou recorrer ao Judiciário caso seja necessário. “A bola está com eles, mas nós vamos cobrar”, disse.

Contato: geovani.bucci@estadao.com

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