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30 de setembro de 2025
Por Geovani Bucci
São Paulo, 30/09/2025 – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta terça-feira, 30, que não há qualquer envolvimento da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) ou de crime organizado por trás dos recentes casos de intoxicações provocadas por bebidas alcoólicas adulteradas no Estado. A hipótese foi levantada pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF). Tarcísio atribuiu a questão às “destilarias clandestinas”.
“Muito se especulou sobre possível participação do crime organizado, do PCC, nessa adulteração. Agora tem esse negócio em São Paulo. Tudo o que acontece é PCC, né? Quero deixar claro: não há evidências disso”, disse Tarcísio. “Os inquéritos mostram que os envolvidos nas destilarias clandestinas não têm ligação com o crime organizado nem entre si. São pessoas que fraudam rotineiramente bebidas.”
Tarcísio justificou o seu posicionamento afirmando que trata-se de um “problema estrutural”. Ele relembrou que houve modificação em instruções normativas da Receita Federal em 2016 – a IN 1.637/2016 substituiu a 1.432/2013 – que acabou fragilizando o controle sobre o setor de bebidas no Brasil, retirando a obrigatoriedade de selos.
Segundo o governador, até agora há 22 casos entre suspeitos e confirmados decorrentes de intoxicação registrados no Estado. De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados seis casos confirmados na capital paulista, cinco em investigação e um descartado. Em São Bernardo do Campo, há dois casos em investigação, enquanto Limeira e Itapecerica contabilizam um caso suspeito cada. Há ainda um caso em investigação em cidade não informada. “Me parece que foi erro de manipulação na hora de fazer essa falsificação, o que pode gerar esse problema”, avaliou Tarcísio.
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito nesta manhã para investigar a contaminação. Durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, o governador também ressaltou que o problema de intoxicação “não é apenas de São Paulo, mas também de Brasília”. Ele destacou foram apreendidas 50 mil garrafas de bebidas suspeitas de adulteração e, em operações recentes, 15 milhões de selos fraudados. Segundo ele, portanto, é um problema que concerne o “Brasil inteiro”.
“De medidas imediatas, destacamos: a criação do comitê de crise, a interdição cautelar dos estabelecimentos, os mecanismos rápidos de denúncia (181 e Procon), a estruturação da rede de saúde e as operações conjuntas da Secretaria da Fazenda com a Polícia Civil”, continuou Tarcísio. “A gente tem trabalhado sempre com a PF em estreita colaboração, como tem que ser.”
Tarcísio também afirmou que terá uma reunião com representantes do setor de destilados para discutir medidas de combate às fraudes. Segundo ele, o encontro está marcado para as 17 horas e contará com a participação da Associação Paulista de Supermercados (APAS), da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), da Federação de Redes de Postos de Combustíveis (Fhoresp) e também de outros distribuidores.
Contato: geovani.bucci@estadao.com
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