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15 de dezembro de 2025
Por Geovani Bucci
São Paulo, 15/12/2025 – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a cobrar o governo federal pelo pedido de intervenção na empresa Enel Distribuição São Paulo nesta segunda-feira, 15, em coletiva de imprensa no município de Caraguatatuba, no litoral norte do Estado. Segundo Tarcísio, ele conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada e deve se reunir com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta terça-feira, 16.
Na manhã de hoje, 29.140 clientes continuaram com o serviço interrompido em toda a área de concessão da Enel, que atende mais de 8 milhões de residências no Estado. Somente na capital, 18.639 residências amanheceram sem luz, segundo o Mapa da Falta de Luz em São Paulo, atualizado às 5h19 pela companhia. Nesse contexto, Tarcísio salientou que o governo federal precisa “se movimentar” e que “não tem condição de empurrar goela abaixo” a renovação do contrato dessa empresa em 2028.
“No evento que nós tivemos na sexta-feira (lançamento do canal SBT News), eu tive a oportunidade de falar com o presidente da República e dizer o seguinte: ‘É a regulação que tem os remédios para resolver esse problema'”, afirmou o chefe do Executivo paulista. “Já sei que foi chamada uma reunião do diretor-geral da (Agência Nacional de Energia Elétrica) Aneel, do ministro de Minas e Energia, com o presidente, na manhã de hoje. Eu espero que eles possam encaminhar uma solução.”
Tarcísio também disse que o governo estadual se prepara para ingressar novamente na Justiça após esgotar uma série de medidas administrativas e de controle contra a concessionária. Segundo ele, ao longo do período, o Estado acionou o Tribunal de Contas da União (TCU), promoveu reuniões com o ministro da Corte e com prefeitos da Região Metropolitana e aplicou sanções por meio do Procon, em razão do descumprimento do Código de Defesa do Consumidor, incluindo multas milionárias que, segundo ele, acabam sendo contestadas judicialmente para evitar o pagamento.
“A gente tem que deixar claro que a Constituição estabeleceu competências e atribuiu à União a competência pelo serviço de distribuição de energia. Todos os serviços de energia elétrica, pelo caráter estratégico são de competência federal”, salientou o governador. “A gente está falando muito com a Agência Nacional de Energia Elétrica, a gente está falando muito com o governo federal, pedindo, realmente, a intervenção na empresa.”
Além de criticar a atuação do governo Lula e da Aneel, Tarcísio apontou falhas à Enel. De acordo com o chefe do Executivo paulista, com a proximidade do fim do contrato, a concessionária deixou de realizar investimentos necessários, reduziu equipes e abandonou ações de manutenção e de reforço da rede, como poda de árvores e automação do sistema. Para ilustrar a diferença de atuação, citou o caso do Paraná, onde a Companhia Paranaense de Energia (Copel) – privatizada – enfrentou eventos climáticos extremos e chegou a registrar até dois milhões de clientes sem energia, mas conseguiu dar resposta mais eficiente à crise.
“No estado de Goiás, por deficiência técnica da concessionária. A concessionária não conseguia dar as respostas e ela foi substituída. Houve a transferência de controle. Quem era a concessionária que foi substituída no estado de Goiás por deficiência técnica? A Enel”, continuou. “A pergunta é: por que esses remédios foram usados em outras unidades da Federação e não estão sendo usados no estado de São Paulo?”
Contato: geovani.bucci@estadao.com
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