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Suínos/Agrifatto: produção de carne deve bater novo recorde em 2026, impulsionada por exportações

29 de dezembro de 2025

Por Tânia Rabello

São Paulo, 29/12/2025 – A suinocultura brasileira deve manter a trajetória de crescimento em 2026, sustentada pela demanda internacional aquecida, margens ainda positivas ao produtor e pela menor oferta de carne bovina, em função da virada do ciclo pecuário, projeta a Agrifatto, em nota. Segundo estimativas da consultoria, a produção nacional de carne suína pode alcançar 5,72 milhões de toneladas no próximo ano, alta de 1,3% em relação a 2025, configurando um novo recorde.

A consultoria avalia que o Brasil seguirá com participação relevante no comércio global da proteína, com destaque para a consolidação do mercado asiático. As Filipinas, que assumiram em 2025 a liderança entre os principais destinos da carne suína brasileira, devem ampliar ainda mais as compras, reforçando o protagonismo do país nas exportações. Para 2026, a projeção da Agrifatto é de embarques de 1,51 milhão de toneladas, avanço de 3,8% na comparação anual.

Apesar do viés positivo para produção e exportações, os preços do suíno vivo tendem a encontrar um teto ao longo de 2026. A Agrifatto projeta um recuo leve, sobretudo no primeiro semestre, movimento considerado sazonal. Para janeiro de 2026, a média esperada é de R$ 8,11 por quilo, queda de 3,3% frente à parcial de dezembro de 2025. Esse ajuste também deve atingir o mercado de leitões, pressionado pela maior oferta e pela intensificação da competitividade com a carne bovina.

Em relação a 2025, a Agrifatto comenta que 2025 deve “entrar para a história da suinocultura brasileira como um ano de novos recordes”. Dados oficiais mostram que a produção entre janeiro e setembro já superou em 4,9% o volume registrado em todo o mesmo período de 2024. No comércio exterior, as exportações de carne suína entre janeiro e novembro avançaram 2,3% sobre o recorde anual anterior, com presença em 127 destinos – número muito próximo do maior patamar histórico, registrado em 2019, com 128 mercados atendidos.

De acordo com as estimativas da Agrifatto, o ano deve se encerrar com o abate de 60,62 milhões de cabeças, crescimento de 4,2% frente a 2024, e produção total de 5,65 milhões de toneladas, alta anual de 5,4%. As exportações devem somar 1,45 milhão de toneladas, novo recorde e avanço de 9,5% na comparação anual, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento dos embarques da proteína.

As Filipinas foram o principal destaque da demanda externa em 2025. Entre janeiro e novembro, o país importou 310,11 mil toneladas de carne suína brasileira, volume 42,9% superior ao total enviado em todo o ano de 2024. O mercado filipino respondeu por 25,1% das exportações totais do setor no ano.

No mercado interno, a Região Sul – principal polo produtor do Brasil – registrou valorização anual de 5,4% no preço do suíno vivo, com a parcial de dezembro cotada a R$ 8,36 por quilo. Os custos de produção, por sua vez, recuaram 0,5% no acumulado do ano, contribuindo para uma margem média de 31,7% ao suinocultor, 7,5 pontos porcentuais acima da registrada em 2024. O leitão também apresentou valorização, ainda que mais moderada, com alta anual de 4,8% e preço parcial de R$ 16,50 por quilo em dezembro.

Com esse desempenho, a suinocultura fecha 2025 fortalecida e entra em 2026 com bases sólidas para manter o crescimento, ainda que em um ambiente de preços mais ajustados, finaliza a Agrifatto.

Contato: tania.rabello@estadao.com

Conteúdo elaborado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela equipe do Broadcast.

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