Por Ludmylla Rocha
São Paulo, 14/11/2025 – A Serena Energia (antiga Omega) obteve um lucro líquido ajustado de R$ 16,6 milhões no terceiro trimestre de 2025, montante 64% menor que o obtido em igual etapa de 2024. Sem os ajustes, o lucro líquido ficou em R$ 16,3 milhões, redução anual de 51%.
O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) reportado no período foi de R$ 523,4 milhões, aumento de 4% em relação ao calculado entre julho e setembro do ano passado. O Ebtida ajustado, por sua vez, foi de R$ 483,5 milhões no terceiro trimestre deste ano, redução anual de 2%.
A receita líquida obtida pela geradora renovável foi de R$ 2 bilhões, avanço de 89% em relação a igual período de 2024. A dívida líquida da empresa, por outro lado, foi a R$ 8,77 bilhões, ficando estável em relação ao trimestre equivalente de 2024, de modo que a alavancagem permaneceu estável em 4,4 vezes.
No operacional, a empresa registrou 2.891,2 gigawatt-hora (GWh) de energia produzida, redução anual de 5%. Segundo a empresa, a queda se deve, principalmente, aos cortes de geração renovável por razões sistêmicas (curtailment), especialmente no Cluster Bahia, totalizando um efeito líquido de 303 GWh.
“Além disso, condições de vento abaixo do esperado prevaleceram ao longo do trimestre, impulsionadas por chuvas acima da média, sistemas de alta pressão persistentes e menor atividade de frentes frias, especialmente no Complexo Chuí”, informou em release de resultados.
O preço médio de venda da energia produzida para 2025-2034 é de R$ 229,3 por megawatt-hora (MWh) e 94% da produção média assegurada para um período de 10 anos (2025-2034) está contratada.
Agora no quarto trimestre, a Serena concluiu seu fechamento de capital. A base acionária composta agora é composta pela Actis, pelo fundo de Sincapura GIC e por seus sócios gestores, após a saída da Tarpon. A liquidação da oferta pública ocorrerá em 18 de novembro, e as ações da companhia deixaram de ser negociadas em bolsa na quinta-feira, 13 de novembro.
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