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Relator da reforma administrativa diz que terá reunião com Esther Dweck amanhã entre 8h e 9h

3 de setembro de 2025

Por Pepita Ortega e Victor Ohana

Brasília, 03/09/2025 – O coordenador da reforma administrativa na Câmara dos Deputados, Pedro Paulo (PSD-RJ), afirmou nesta quarta, 3, que vai se reunir com a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, na manhã desta quinta, 5, para discutir divergências entre o parlamento e o governo sobre o tema. Segundo o parlamentar, será feito, durante a reunião, um “batimento” após comentários feitos por Esther sobre o texto na quinta passada, 27.

A indicação ocorreu após a comissão-geral sobre a reforma administrativa realizada nesta manhã. Na ocasião, Pedro Paulo repetiu que ministra Esther tem integral acesso aos textos da reforma administrativa. Como mostrou o Broadcast Político, o deputado enviou uma versão 2.0 das propostas para a ministra na semana passada.

Sobre as divergências com o governo, Pedro Paulo repetiu que as discordâncias ocorrem em apenas alguns dos 70 pontos da reforma administrativa e fez uma analogia com o Flamengo, time para o qual o parlamentar torce. Uma coisa é você ser flamengo. Outra coisa é você não gostar do Pedro, querer o Arrascaeta saia. Porque o Felipe Luiz escalou um outro centroavante, um outro meio-campo, eu continuo torcendo para o Flamengo e estando junto com o Flamengo”, indicou.

“O governo está conosco com a reforma administrativa, mesmo tendo alguns pontos, que são pontos de divergência. Então, eu acho que é esse ponto que a gente precisa entender. Porque uma reforma que tem 70 pontos. Você falar de dois, três pontos – um eu não concordo integralmente, outro eu tenho dúvidas. Por isso você não vai estar junto de uma reforma administrativa para o Brasil? Então, esses pontos que a gente vai também discutir amanhã na reunião”, completou.

“Vamos negociando se a gente pode adequar. E se não for possível a gente convergir 100% a gente vem ao plenário aqui. Mas o meu ponto é esse. Será que uma proposta de 70 vai deixar de torcer para o Flamengo?”

Pedro Paulo diz ter comportamento “aberto de adequar, corrigir aquilo que sente. “Agora, tem uns pontos que nos colocam em visões distintas sobre o que significa avaliação de desempenho, bônus. O que significa, por exemplo, correção de super salários. Então, tem algumas coisas que a gente tem que saber que, ali na frente, algumas divergências, elas não vão impedir que nós estejamos juntos na reforma. E que a gente pode resolver aqui no plenário com a maioria. Quem é a favor, quem é a contra, daqueles que não são 100% convergentes”, destacou.

O parlamentar voltou a pontuar que um dos pontos de divergência com o governo está ligado ao concurso estatutário por tempo determinado. “A gente está limitando em 10%, mas se for 5%, não tem problema. Eles acham que isso, de alguma forma, pode mexer na estabilidade”, indicou. “Pelo contrário, esse modelo, ele, na verdade, garante as funções de Estado, a proteção da estabilidade, o limite para as contratações temporárias”, apontou.

Contato: pepita.ortega@estadao.com; victor.ohana@estadao.com

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