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Pulso do STF: Moraes detalha os 13 atos da trama golpista

9 de setembro de 2025

Por Rayssa Motta, do Estadão

Brasília, 09/09/2025 – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou as expectativas e sinalizou nesta terça-feira, 9, que vai votar para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros réus do “núcleo crucial” da trama golpista. A leitura do voto está em curso.

Em um voto extenso, com centenas de páginas, o ministro decidiu abordar com detalhes as provas do processo, minuciosamente enumeradas em 13 itens.

Veja os episódios destacados por Moraes em seu voto como ‘atos executórios’ do plano de golpe:

1) Uso de órgãos públicos, como Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para o monitoramento de adversários políticos e para impulsionar ataques contra o Poder Judiciário e a Justiça Eleitoral;

2) Transmissões ao vivo do ex-presidente Jair Bolsonaro nos dias 29 de julho de 2021 e 4 de agosto de 2021, com questionamentos sobre as urnas;

3) Manifestações do 7 de Setembro de 2021, em São Paulo, quando o ex-presidente ameaçou descumprir decisões do STF;

4) Reunião ministerial de 5 de julho de 2022;

5) Reunião com embaixadores;

6) Uso indevido da estrutura da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições de 2022;

7) Uso indevido das Forças Armadas no relatório de fiscalização das urnas pelo Ministério da Defesa;

8) Transmissão ao vivo em 4 de novembro de 2022, ações de monitoramento de autoridades em 21 de novembro de 2022, representação eleitoral do Partido Liberal para anular votos do segundo turno, reunião de oficiais das Forças Especiais do Exército em 28 de novembro de 2022 e a carta ao comandante do Exército;

9) Planejamento do Plano Punhal Verde e Amarelo e da Operação Copa 2022;

10) Atos executórios do Plano Punhal Verde e Amarelo, da Operação Copa 2022 de monitoramento do presidente Lula, da Operação Luneta, da Operação 142 e discurso “pós-golpe”;

11) Minuta golpista e apresentação aos comandantes das Forças Armadas;

12) Atos golpistas do 8 de Janeiro;

13) Gabinete de crise após a consumação do golpe.

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