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Mercado financeiro acredita que IA deve substituir atividades repetitivas, mostra pesquisa

15 de setembro de 2025

Por Bruna Camargo

São Paulo, 15/09/2025 – A inteligência artificial (IA) deve substituir atividades rotineiras e repetitivas no mercado financeiro, mas não as tarefas que exigem julgamento humano, regulação e interação interpessoal. Essas, na verdade, devem ser fortalecidas e não substituídas, pelo uso da tecnologia. A avaliação consta em pesquisa feita pela 4U EdTech com 99 profissionais do setor.

O levantamento revela que 97% dos profissionais do mercado financeiro consideram extremamente importante aprender sobre IA: eles atribuem notas 4 ou 5 numa escala de 0 a 5 de relevância, com média de 4,85 pontos. Para 94,9%, a tecnologia representa uma oportunidade concreta de crescimento e reinvenção de carreira.

“Esse resultado confirma algo que eu já vejo na prática nos nossos alunos e clientes: quem entende de IA está na frente. Hoje, não se trata mais de perguntar se a inteligência artificial vai impactar o mercado financeiro, mas quando e em que velocidade. Quem domina essa tecnologia não só se protege de possíveis substituições, como também cria novas oportunidades de liderança dentro do banco. Essa é a virada de chave: transformar o medo da IA em vantagem competitiva”, afirmou Edgar Abreu, presidente executivo (CEO, na sigla em inglês) da 4U EdTech, em nota.

Conforme o levantamento, os profissionais reconhecem efeitos de automação em ritmo acelerado. Para 72,7% dos entrevistados, a IA deve substituir parte das funções no setor, as que são mais ligadas a atividades rotineiras e repetitivas. O temor pessoal em relação à IA ainda é moderado segundo o levantamento: 38,4% demonstraram alta apreensão, com média de 3,18 pontos.

Para a 4U EdTech, esse receio tende a diminuir com políticas claras, métricas transparentes e investimento em qualificação. “O medo é natural, principalmente quando a narrativa sobre IA é apocalíptica. Mas quando o profissional entende o que está por trás da IA, passa a usá-la como extensão do seu trabalho, não como ameaça”, avalia Abreu.

Por fim, o estudo também indica um descompasso entre o preparo dos trabalhadores e o das instituições: menos da metade dos entrevistados (43,5%) acredita que os bancos estão prontos para lidar com a IA.

A pesquisa da 4U EdTech foi feita com homens e mulheres de 28 a 45 anos, das classes B e C e, em sua maioria, com Ensino Superior completo. A coleta foi feita de forma online por amostragem de conveniência no Brasil. A margem de erro aproximada é de 9,8 pontos porcentuais para proporções em 95% de confiança, segundo a empresa.

Contato: bruna.camargo@estadao.com

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