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Laranja/Fundecitrus: safra 2025/26 deve ser de 306,74 milhões de caixas (-2,5%)

11 de setembro de 2025

São Paulo, 11/09/2025 – A safra de laranja 2025/26 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro indica produção de 306,74 milhões de caixas de 40,8 kg, redução de 2,5% em comparação com a previsão do dia 9 de maio, de 314,60 milhões de caixas. Os números foram divulgados pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e refletem sobretudo o aumento da projeção da taxa de queda de frutos em virtude do crescimento da severidade do greening (porcentagem da copa tomada pela doença) e do ritmo mais lento da colheita.

Projetada inicialmente em 20% na estimativa de maio, a taxa de queda de frutos foi reestimada para 22%, segundo o Fundecitrus. Quando analisada por setor, a taxa de queda é mais intensa em setores com alta incidência de greening (Sul, Centro e Sudoeste) e menos intensa em setores com menor incidência (Norte e Noroeste).

O diretor-executivo do Fundecitrus, Juliano Ayres, disse em comunicado que a severidade média do greening no cinturão citrícola, de acordo com o levantamento anual produzido pela instituição, subiu de 19% em 2024 para 22,7% em 2025, reduzindo em cerca de 35% seu potencial produtivo. “Esse aumento significativo da severidade dos sintomas nas árvores tem impacto direto no aumento da taxa de queda prematura da fruta, sendo o fator determinante para a redução da safra nesta primeira reestimativa”, comentou Ayres.

Colheita

Até meados de agosto, apenas 25% da safra atual havia sido colhida, um ritmo significativamente mais lento do que o verificado na safra anterior, que já estava em torno de 50% nesse período. A colheita das variedades precoces hamlin, westin e rubi chegou a 68%, enquanto a das outras precoces alcançou 75%. A colheita da pera atingiu 17%. Em relação a variedades tardias, as colheitas da valência e folha murcha somam 1% e a da Natal, 2%.

Conforme o Fundecitrus, a colheita mais tardia desta safra está relacionada com a elevada concentração de frutos da segunda florada e à priorização da colheita no ponto ideal de maturação para obtenção de suco de melhor qualidade. Com isso, observa-se um aumento na taxa de queda prematura de frutos, sobretudo em árvores afetadas pelo greening e submetidas a maior déficit hídrico e temperaturas mais amenas no inverno.

De acordo com dados da Climatempo, a precipitação média acumulada no cinturão citrícola de maio a agosto de 2025 foi de 94 milímetros, 33% a menos do que a média histórica (1991-2020). Apenas a região de São José do Rio Preto teve precipitação acima do histórico (21%). No entanto, as precipitações de abril e junho garantiram umidade suficiente no solo.

A Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) é realizada pelo Fundecitrus em parceria com professor titular (aposentado) da FCAV/Unesp José Carlos Barbosa.

(Equipe AE)

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