Por Gabriel Azevedo
São Paulo, 31/10/2025 – O Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná (Sindileite) afirmou nesta sexta-feira que a indústria de laticínios do Estado atravessa “o momento mais crítico que as indústrias do leite já atravessaram na última década”, pressionada pelo aumento das importações, crescimento da produção e retração no consumo interno. Em comunicado, a entidade defende medidas estruturantes que envolvam setor privado e público para “reverter a situação e tornar a cadeia produtiva do leite viável para todos”.
Segundo o Sindileite, a conjuntura econômica atual e do mercado, onde a oferta de leite é maior que a demanda, tem afetado toda a cadeia produtiva do leite, com preços não cobrem os custos, tanto na produção, quanto na industrialização. “A situação agravou-se pelo significativo aumento das importações de produtos derivados, pelo crescimento da produção do leite e pela retração no consumo interno”, diz o documento.
O sindicato destacou que “na ponta do consumo temos a população com baixo poder aquisitivo que não suporta aumento de preços”. Já “no processo industrial os custos e despesas continuam crescendo como é o caso dos juros, impostos, energia, transportes e mão de obra, corroendo as margens de resultados”. Para o Sindileite, “a crise do leite atinge todos os elos da cadeia produtiva e exige o envolvimento do setor privado e público”.
Entre as medidas estruturantes propostas pela entidade estão o controle e limitações das importações, redução da carga tributária nos produtos derivados e ajustes nas margens do varejo com redução das exigências comerciais. O Sindileite também defende a implementação de modelos produtivos de leite com baixo custo e melhorias na infraestrutura de estradas, energia elétrica e conectividade.
O sindicato propõe, ainda, programas de melhorias na qualidade do leite e controle sanitário, além do combate à clandestinidade e sonegação fiscal. Segundo o presidente do Sindileite, Elias José Zydek, “o momento é oportuno para o comprometimento de todos para reverter a situação e tornar a cadeia produtiva do leite viável para todos”.
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