Por Gabriel Cillo, especial para a Broadcast
São Paulo, 06/11/2025 – As empresas brasileiras listadas em bolsa seguiram neste ano, em média, 68,2% das boas práticas de governança sugeridas pelo Código Brasileiro de Governança Corporativa. O número representa uma melhora de 1,2 ponto porcentual ante 2024, quando a taxa de aderência estava em 67%. Os dados são da pesquisa “Pratique ou explique: análise dos informes de governança das companhias abertas brasileiras (2025)”, produzida em conjunto pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), EY e TozziniFreire Advogados.
O principal gargalo de governança continua sendo a prática que trata da aprovação e atualização do plano de sucessão do diretor-presidente pelo conselho de administração, com 55,2% de não adesão na amostra geral e 49,2% no Novo Mercado (empresas da B3 com maior rigidez de governança). Embora a sucessão de CEO seja amplamente reconhecida como importante, ela ainda é tratada de forma operacional e não estratégica.
Na B3, dentre as empresas do Novo Mercado, a média de boas práticas foi de 80,1%. “Os resultados confirmam a trajetória crescente de aderência ao código e, consequentemente, de aprimoramento dos sistemas de governança das companhias abertas. A obrigação de explicar publicamente, todos os anos, os motivos para não seguir determinadas recomendações, acaba exigindo que as empresas façam um check-up periódico de suas práticas”, afirma o gerente de Conhecimento e Relações Institucionais do IBGC, Danilo Gregório.P
