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27 de outubro de 2025
Por Gabriel Azevedo
São Paulo, 27/10/2025 – O secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Mohamad Orra Mourad, defendeu que o Brasil amplie a diversificação de suas exportações para os países islâmicos, hoje concentradas em produtos básicos como carnes e outras commodities agrícolas. Durante a abertura da terceira edição do Global Halal Brazil Business Forum 2025, realizada hoje (27), em São Paulo, Mourad destacou que o País já exerce papel importante na economia halal como maior exportador mundial de proteína certificada, mas ainda tem “muito terreno a conquistar” em outros segmentos de consumo.
“Cabe a nós buscar uma maior diversificação na pauta de exportações, que embora robusta, ainda se limita em grande parte a produtos básicos como carnes e commodities agrícolas”, afirmou o secretário-geral. Segundo ele, quase 2 bilhões de muçulmanos movimentam um mercado de consumo estimado em mais de US$ 7 trilhões, representado por economias em plena ascensão e por uma população predominantemente jovem que cresce a taxas acima das médias mundiais.
Mourad informou que o Brasil exporta cerca de US$ 6 bilhões em proteína halal para os 57 países que compõem a Organização para a Cooperação Islâmica (OCI). As exportações totais de alimentos e bebidas do Brasil para essas nações somaram US$ 28 bilhões em 2024, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. “O Brasil já exerce um papel importante dentro da economia halal, sendo o nosso país o maior exportador de proteína halal do mundo”, disse.
O secretário-geral também defendeu a intensificação dos esforços institucionais para que empresários brasileiros e das nações da OCI tenham um ambiente de negócios favorável às trocas comerciais, principalmente por meio do fortalecimento da interlocução diplomática entre o governo brasileiro e os países islâmicos. “Este tipo de iniciativa abre boas perspectivas para ampliar os acordos de livre comércio do Brasil com países muçulmanos”, afirmou.
No âmbito doméstico, Mourad destacou a necessidade de intensificar as iniciativas de fomento à produção halal brasileira, que embora seja destaque no setor de proteína animal, ainda pode avançar para muitos outros segmentos. Ele citou o Projeto Halal do Brasil, iniciativa conjunta da Câmara de Comércio Árabe Brasileira e da Agência Brasileira de Promoção às Exportações e Investimentos (Apex Brasil), que tem como objetivo capacitar pequenas e médias empresas para a obtenção do certificado halal.
Segundo o secretário-geral, a certificação é extremamente importante para o mercado. “Em primeiro, ela atesta ao consumidor que o produto em questão foi obtido por meio de processos produtivos que respeitam as tradições culturais e religiosas do islamismo. Além disso, a certificação é vista como um diferencial de qualidade, já que o halal está profundamente relacionado a princípios de boas práticas e do ESG”, afirmou Mourad.
Contato: gabriel.azevedo@estadao.com
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