Por Gabriel de Sousa
Brasília, 28/10/2025 – A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, respondeu pelo X, nesta terça-feira, 28, às críticas do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), sobre a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ela, a megaoperação que deixou ao menos 64 mortos nos complexos do Alemão e da Penha mostram a “urgência do debate e da aprovação” da PEC da Segurança Pública.
“Ficou mais uma vez evidente a necessidade de articulação entre forças de segurança no combate ao crime organizado. E o fortalecimento da Polícia Federal e outras forças federais no planejamento e na execução das ações conjuntas, não apenas fornecendo armas, equipamentos e tropas para operações decididas isoladamente por governos locais”, afirmou Gleisi no X.
Gleisi também declarou que o desfecho da megaoperação mostra que ações policiais devem ser precedidas por operações de inteligência, citando a Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto, que mirou postos de combustíveis, fintechs relacionadas ao crime organizado.
“É isso que o governo do presidente Lula propõe na PEC da Segurança Pública: uma grande articulação com os governos estaduais, em que somente o crime sairá perdendo”, afirmou Gleisi.
Nesta terça, Castro afirmou, em coletiva de imprensa após a operação que enfrenta o Comando Vermelho (CV), que o governo fluminense enfrenta o crime organizado “sozinho”, uma vez que forças federais, segundo ele, não o ajudam.
“As nossas polícias sozinhas. É uma operação maior do que a de 2010 e, infelizmente, dessa vez, como ao longo desse mandato inteiro, não temos o auxílio nem de blindados, nem de nenhum agente das forças federais, nem de segurança, nem de defesa. A gente sozinho nessa luta, estamos fazendo a maior operação da história do Rio de Janeiro”, afirmou o governador do Rio.
Após a declaração de Castro, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) afirmou, por meio de nota, que tem atendido “prontamente a todos os pedidos” de envio da Força Nacional ao Estado.
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