Por André Marinho e Gabriel Baldocchi
São Paulo, 17/11/2025 – A Fictor Holding Financeira anunciou, há pouco, um acordo que prevê a compra do Banco Master, em conjunto com um consórcio de investidores do Emirados Árabes Unidos, que somam US$ 100 bilhões em ativos sob gestão. O negócio, sujeito à aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), prevê um aporte imediato de R$ 3 bilhões na instituição do empresário Daniel Vorcaro.
A aquisição não inclui as subsidiárias will bank e Banco Master de Investimentos, que estão sendo negociados por um outro grupo. No mês passado, o Broadcast mostrou que havia conversas sobre uma possível venda do will bank à EB Capital, mas as negociações não prosperaram.
Pela transação, o consórcio da Fictor pretende comprar a totalidade das ações de Vorcaro e eleger um novo presidente para o Master. O pleito submetido ao BC traz alterações a diretoria estatutária, a formação de um novo conselho e a mudança do nome para Banco Fictor.
“A operação representa o passo de entrada da Fictor no mercado financeiro brasileiro. Seguimos alinhados às melhores práticas de governança, com foco na distribuição de produtos sólidos e desenhados para responder com precisão às demandas do mercado nacional. Mantemos o que sempre guiou nossa trajetória: investir na economia real.”, afirmou o sócio da Fictor Rafael Góis.
A Fictor tem mais de 6 mil colaboradores e um portfólio com mais de 30 empresas no Brasil, Estados Unidos e Europa. Se aprovado, o negócio representará uma solução para as múltiplas dificuldades do Master, que corre contra o tempo para se capitalizar. O Banco de Brasília chegou a anunciar acordo para a compra do Master, mas o BC reprovou a transação.
“Trata-se de uma transação privada, com players complementares e de alcance global. O Banco Master, ao longo dos últimos meses, provou sua força e resiliência, superando desafios significativos”, disse Vorcaro. “A união dos atuais produtos com a capilaridade de distribuição da Fictor levará o novo banco ao protagonismo no cenário brasileiro, que tanto carece de novos players e de concorrência saudável. Quem sairá ganhando serão os clientes.” , acrescentou.
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