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3 de setembro de 2025
Por Leandro Silveira
São Paulo, 03/09/2025 – A editora de Grãos e Fertilizantes da Argus Media, Renata Cardarelli, estimou que as entregas de fertilizantes no mercado brasileiro devem superar em mais de 1 milhão de toneladas o volume do ano passado, de 45,61 milhões de toneladas. “O consenso aponta algo em torno de 47 a 48 milhões de toneladas em 2025”, afirmou, ontem (2), durante o 12º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, promovido pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), em São Paulo. Segundo ela, algumas empresas chegam a projetar 49 a 50 milhões de toneladas, mas reforçou que o consenso ainda se mantém na faixa de 47 a 48 milhões.
Cardarelli também chamou atenção para o impacto das importações do insumo sobre o crescimento em 2025. “O mercado brasileiro de fertilizantes deve crescer, especialmente pelo aumento das importações”, disse. A executiva alertou para a importância de acompanhar a evolução da demanda pelas segundas safras para confirmar o crescimento. “Minha grande preocupação é em relação às segundas safras, cujas vendas devem começar ainda este ano. Isso dependerá não só da recuperação do preço, mas também das ações do mercado”, afirmou.
Índia e políticas globais
O mercado global de fertilizantes continua pressionado por fatores geopolíticos e logísticos, com destaque para a Índia e os ajustes de produção em diferentes regiões, avaliou Cardarelli. Segundo ela, o país asiático continua comprando fertilizantes por meio de leilões, enquanto enfrenta estoques baixos e aumento constante do consumo interno. “Nos últimos anos, a produção foi menor e a Índia tem aumentado mês a mês o seu consumo interno”, explicou.
Outros fatores globais também influenciam o mercado. O Egito, por exemplo, precisou reduzir a produção de nitrogenados para cerca de 80% a 85% da capacidade devido à escassez de gás natural vindo do Irã. “O Egito naturalmente faz esse movimento de reajuste da produção de nitrogenatos de acordo com a disponibilidade do gás natural que vem de outro país”, disse a especialista.
Nos Estados Unidos, as tarifas aplicadas a produtores internacionais afetaram o volume de importações de ureia. “Já vimos um aquecimento, uma queda na importação em julho pelos Estados Unidos. Eles vão precisar voltar, mas devem deixar principalmente para o primeiro trimestre de 2026”, afirmou Cardarelli.
O mercado de fosfatados também é influenciado pela Índia e por Bangladesh, que continuam demandando o insumo, explicou. “No Brasil, o MAP agora está crescendo, porque já garantiu a maior parcela do que necessita de fosfatados”, destacou a especialista, ressaltando que o Oriente Médio mantém sua influência sobre os preços.
Contato: leandro.silveira@estadao.com
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