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14 de novembro de 2025
Por Luciana Collet
São Paulo, 13/11/2025 – O terceiro trimestre da CPFL Energia foi marcado por um retorno à vitória em leilões de transmissão. Diante da avaliação de que a companhia conseguiu se tornar mais competitiva, a partir de mudanças em seus processos internos, o presidente da companhia, Gustavo Estrella, sinaliza interesse em participar das próximas disputas, seja em futuros certames de empreendimentos de transmissão, seja no planejado leilão de armazenamento.
“Há uma perspectiva de incremento dos leilões daqui para frente. Quando a gente pensa em uma solução mais estruturante para o tema do curtailment [cortes de geração], em especial da intermitência que a gente tem no sistema hoje, claramente a solução passa por armazenamento e passa também por linhas de transmissão. Então, o que o governo pretende fazer ano que vem vai exatamente nessa direção, do nosso primeiro leilão de armazenamento, que a gente deve olhar, e também por novas linhas de transmissão, que casam muito com a nossa estratégia de crescimento”, disse à Broadcast.
A CPFL arrematou o Lote 3 do leilão realizado no último dia 31 de outubro, com uma proposta com deságio de 53,93% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima fixada no edital, superando propostas de empresas como Alupar, Axia (ex-Eletrobras), Cymi, Engie e Taesa. Assim, a companhia superou a frustração dos últimos dois certames, quando “bateu na trave”, ficando em segundo lugar na disputa por lotes de interesse.
Segundo Estrella, o lance vencedor de agora foi fruto de um redesenho de processos internos para que a companhia conseguisse, ao mesmo tempo, ser mais competitiva nos leilões, sem abrir mão da disciplina financeira. “A gente conseguiu ser mais competitivos, mas tendo muita certeza e muita garantia que vai conseguir entregar o retorno que espera e a execução do projeto da forma como planejou”, disse.
O lote arrematado é composto por 4 subestações e diversos trechos de linhas de transmissão, somando 1.100 megavolt-ampere (MVA) em capacidade de transformação e 99 km de linhas, a serem instalados entre o Paraná e o Rio Grande do Sul, somando R$ 1,07 bilhão em investimentos.
“Um dado importante é que esse lote tem ativo no Paraná, mas grande parte dos ativos estão no Rio Grande do Sul, com uma convergência muito grande dos nossos ativos existentes, seja em transmissão, seja em distribuição. Então, traz para a gente claramente uma oportunidade de sinergia grande, de operação dos ativos”, explicou Estrella.
Sobre o leilão de armazenamento, o executivo avaliou que ainda existem pontos para serem mais bem definidos, em especial sobre o modelo de negócio dessa atividade, e explicou que o interesse da companhia dependerá do modelo de remuneração. “Tendo a achar que o governo vai no caminho de se definir um modelo de negócio que seja competitivo e que traga, de fato, essa competição e atração de bastante investimento, que a gente realmente precisa para o nosso sistema. Nesse contexto, eu acho que cria para a gente uma oportunidade de investimento interessante em armazenamento”, comentou.
Na prática, a expectativa é que o sistema de armazenamento atue de maneira similar à transmissão, como um ativo à disposição do sistema elétrico, sendo operado sob orientação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), portanto com menor exposição a risco de arbitragem de preço entre momentos de pico e vales de custo de geração.
Contato: luciana.collet@estadao.com
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