Plataformas Broadcast
Soluções de Dados e Conteúdos
Broadcast OTC
Plataforma para negociação de ativos
Broadcast Data Feed
APIs para integração de conteúdos e dados
Broadcast Ticker
Cotações e headlines de notícias
Broadcast Widgets
Componentes para conteúdos e funcionalidades
Broadcast Wallboard
Conteúdos e dados para displays e telas
Broadcast Curadoria
Curadoria de conteúdos noticiosos
Broadcast Quant
Plataformas Broadcast
Soluções de Dados e Conteúdos
Soluções de Tecnologia
22 de dezembro de 2025
Por Vera Rosa, do Estadão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará nesta terça-feira, 23, dois movimentos importantes em busca de apoio para sua campanha à reeleição. O primeiro deles será na cerimônia de posse do ministro do Turismo, Gustavo Feliciano.
Ao entregar o cargo para mais um nome indicado pelo União Brasil, partido que não apenas anunciou o rompimento com governo como expulsou Celso Sabino, o antigo ministro, Lula atrai um pedaço do Centrão para sua estratégia de 2026.
Com a eleição no radar, o presidente também promoverá o segundo afago do dia, desta vez dirigido aos evangélicos: vai assinar um decreto que reconhece a música gospel como patrimônio do Brasil.
Indicado para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, estará presente à solenidade, que contará com cantores gospel, no Palácio do Planalto.
Messias é diácono da Igreja Batista Cristã e tem ajudado o governo a se aproximar dos evangélicos, eleitorado que, em sua maioria, é refratário ao PT e apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Líderes desse segmento religioso tentam, por sua vez, diminuir a resistência a Messias em conversas com senadores. Para ser nomeado ministro do STF, o advogado-geral da União ainda terá de ser aprovado em sabatina no Senado, o que deve ocorrer somente em fevereiro, quando os parlamentares retornarem das férias de fim de ano.
Além do mau humor de parte do Senado com a indicação de Messias, Lula também enfrenta problemas com o Centrão. Embora uma ala do grupo tenha divulgado com pompa e circunstância o divórcio do governo, o bloco continua dividido e não entregou os principais cargos – nem a totalidade dos votos a projetos de interesse do Planalto no Congresso.
Agora, Gustavo Feliciano vai assumir o Ministério do Turismo porque a cúpula do União Brasil e 25 dos 59 deputados da bancada pediram a cabeça de Sabino no Ministério do Turismo. Detalhe: Sabino foi expulso do partido justamente por não sair do governo.
O União Brasil está no grupo de partidos que, na sua maioria, não quer o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como desafiante de Lula em 2026 e defende a entrada do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no páreo presidencial.
Ao nomear Feliciano, Lula viu a oportunidade de atrair um pedaço do União Brasil para o seu lado e, de quebra, agradar a Hugo Motta (Republicanos-PB), com quem teve vários atritos neste ano. Feliciano é amigo de Motta e já foi secretário de Turismo na Paraíba, reduto eleitoral do presidente da Câmara.
Veja também