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10 de setembro de 2025
*Retransmitimos reportagem publicada à 00h01 desta quarta-feira, 10:
Por Gabriela da Cunha
Rio, 10/09/2025 – De 2000 a 2024, a China não só se tornou o principal parceiro comercial do Brasil como alterou estratégias de internacionalização de empresas nacionais e impulsionou o emprego formal. No período, todos os Estados brasileiros mantiveram relações comerciais com a China, de acordo com publicação do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), em parceria com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O estudo “Análise Socioeconômica do Comércio Brasil-China” mostra que, em 2024, o Sudeste e o Sul concentraram 63,8% das empresas brasileiras que exportaram para a China, reflexo da presença de polos industriais, cadeias agroindustriais e centros logísticos consolidados. Apenas o Sudeste contava com 1.791, e o Sul, com 822 empresas que vendem ao gigante asiático. Norte e Nordeste mantiveram participação modesta e estável nas exportações, envolvendo pouco menos de 600 companhias.
Já o Centro-Oeste se destacou pelo valor exportado (US$ 16,14 bilhões), mas sua base exportadora restringe-se a 190 empresas.
Em geração de empregos, o levantamento indica que, em 2022, cerca de 5,2 milhões de postos formais estavam em companhias que importaram da China, mais que o dobro dos empregos associados a empresas exportadoras (2,2 milhões).
Entretanto, a remuneração média dos vínculos ligados às exportações alcançou R$ 4.916,73 em 2022, valor superior ao dos postos ligados às importações, cuja média foi de R$ 4.430,44. A diferença salarial reflete tanto o perfil setorial quanto o porte das empresas.
Mesmo assim, os salários associados às exportações registraram o menor crescimento entre 2008 e 2022 (116,6%), embora acima da inflação acumulada de 89,1% no período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Crescimento entre empresas
O número de empresas nacionais que exportam para a China mais que quadruplicou entre 2000 e 2024, chegando a 2.993. Já as companhias que importam do país asiático cresceram quase 11 vezes, somando 40.059, o que faz da China a origem com o maior contingente de importadoras brasileiras.
“Empresas médias e grandes que vendem para a China registraram a maior taxa de crescimento entre os destinos comerciais relevantes. De 2008 a 2024, houve um aumento de 65,8%, enquanto o crescimento foi de 30,9% para os Estados Unidos e 8% para a União Europeia”, diz Camila Amigo.
Entre as microempresas, as exportadoras aumentaram 277%, para 313, entre 2008 e 2024; já as que importam da China cresceram quase seis vezes, chegando a 10.974.
“Esse é um dos achados mais relevantes do estudo. Desde 2014, o número de micro e pequenas empresas (MPEs) exportadoras para o país aumentou, em média, 15% ao ano, acima da média nacional de 11%”, acrescenta a especialista do CEBC.
Apesar dos avanços rumo a um comércio exterior mais inclusivo, persistem obstáculos, como escassez de financiamento direcionado, dificuldade de acesso a redes de apoio e promoção comercial e baixa presença em cadeias de maior valor agregado. Esses fatores limitam a participação plena de micro e pequenas empresas, bem como de mulheres e pessoas negras, além da diversificação regional das operações internacionais.
Contato: gabriela.cunha@estadao.com
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