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6 de novembro de 2025
Por Renata Pedini
São Paulo, 06/11/2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entra na corrida eleitoral de 2026 com ligeira vantagem, avalia Christopher Garman, diretor executivo para as Américas da Eurasia. Porém, o pleito será “bem competitivo”, emenda, em entrevista ao Capital Insights, programa fruto da parceria da Broadcast com o CNN Money, que vai ao ar hoje, às 19h.
Segundo Garman, governantes que têm uma taxa de aprovação popular de 49% vencem entre 80% e 90% das vezes. “Então, se você não souber nada da eleição no Brasil e só olhar o índice de popularidade do presidente Lula em 49%, deve concluir que ele é um claro favorito”, afirma.
“Mas vai ser difícil antecipar o resultado”, pondera, citando que, na maioria dos casos, vence o candidato mais forte no tema que mais preocupa o eleitorado. “As principais preocupações são segurança e corrupção, temas em que o presidente Lula não tem muita credibilidade perante o eleitorado. Calcanhar de Aquiles importante, sim.” Por outro lado, o eleitor costuma dividir a responsabilidade pela violência entre União, Estados e municípios, o que dilui o peso sobre o Palácio do Planalto.
Quatro meses de deflação nos alimentos, combinados a programas como a tarifa social de energia, explicam a retomada do índice de popularidade de Lula, segundo Garman. Ele lembra que, no primeiro semestre, quando café e carne dispararam, a aprovação do governo despencou. Garman avalia que a recuperação da popularidade do presidente tem menos a ver com comunicação política e mais com o bolso da população.
Para Garman, esta é uma eleição “difícil de calibrar”. “As preocupações eleitorais estão mais associadas com uma candidatura de oposição, mas o dado de aprovação do presidente Lula sugere que ele é favorito nessa disputa. Por isso que eu diria que é uma eleição estruturalmente competitiva.”
Ele lista ainda variáveis que podem definir o humor dos eleitores nos próximos meses, período crucial para consolidar tendências: nova boa safra, capaz de manter alimentos em patamar “razoavelmente comportado”; trajetória do câmbio, que influencia diretamente os preços na gôndola; e renda comprometida pelo custo do crédito. “O quanto a renda está sendo comprometida com pagamento de juros pesa ao contrário na aprovação”, ressalta.
O episódio recente de violência no Rio e a aproximação de Washington após o tarifaço do governo Trump não devem, na leitura de Garman, definir sozinhos a eleição. O cenário fiscal é um problema para o investidor doméstico e estrangeiro, mas o segundo tende a ser menos pessimista quanto a um eventual ajuste de Lula.
No programa, disponível também no terminal Broadcast, na aba Broadcast TV, o diretor da Eurasia fala dos partidos Democrata e Republicano nos Estados Unidos (EUA), da política americana para a América Latina, do crime organizado e da redução da globalização, que chama de recessão geopolítica. “O Brasil tem ativos que serão mais valiosos no novo mundo, mas mais protecionismo não ajuda o País.”
Contato: renata.pedini@estadao.com
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