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23 de setembro de 2025
Por Vinícius Novais
São Paulo, 23/09/2025 – O BTG Pactual reduziu o entusiasmo em relação à Klabin, mas manteve a recomendação de compra após a ação acumular queda de cerca de 20% no ano. A equipe lembra que, em novembro, havia melhorado a classificação do papel ao apostar em alocação de capital mais simples, desalavancagem, controle de custos e aumento de volume a partir de 2025, com Puma 2 e Figueira. Na prática, no entanto, o cenário não se confirmou: o real valorizou 14% no ano, o preço da celulose em dólar recuou 6% e alguns gestores reduziram hedge, fatores que pressionaram o papel.
Além disso, aponta o banco, a dívida líquida segue em torno de 3,8 vezes o Ebitda, o ritmo de desalavancagem ficou aquém do previsto, os custos vieram acima do esperado e a unidade de cartões revestidos enfrenta mercado adverso. Esses pontos levaram o BTG a cortar em 11% a projeção de Ebitda para 2025.
Apesar do quadro, o banco evita rebaixar a recomendação porque vê potencial de valorização de mais de 30% no valor presente líquido dos fluxos de caixa. Reconhece, porém, que faltam catalisadores de curto prazo e prefere outros nomes da cobertura, como Suzano, Gerdau e Aura.
O relatório questiona a capacidade de a empresa cumprir a meta de custo caixa total entre R$ 3,1 mil e R$ 3,2 mil por tonelada em 2025. A projeção foi divulgada em dezembro de 2024, quando o dólar superava R$ 6 e a celulose hardwood valia US$ 545 a tonelada. Hoje, o câmbio médio está bem abaixo e fatores como problemas na fábrica de Ortigueira no primeiro trimestre, alta do preço da soda cáustica, gasto maior com madeira devido às chuvas e fretes mais caros pressionam a linha de custos. Mesmo assim, a Klabin mantém a orientação.
O custo da fibra chama atenção: desde o terceiro trimestre de 2024, a tendência é de alta, contrariando a expectativa de rápido ganho de eficiência após aquisições florestais. O BTG atribui parte do aumento ao clima, mas diz que o mercado deve acompanhar de perto para avaliar as sinergias do Projeto Caetê e a estratégia de capital.
No front financeiro, a companhia deu sinais de priorizar a redução de alavancagem após anos investindo mais de R$ 4 bilhões por ano. Medidas como o Project Plateau e um negócio florestal de R$ 600 milhões contribuem, mas o ritmo desacelerou: a alavancagem sai de 4,4 vezes no início de 2025 para 3,4 vezes no fim do ano, ante 3,2 vezes estimadas anteriormente.
O ambiente para cartões revestidos piorou com aumento das importações e demanda fraca; parte dos clientes voltou ao plástico e o ramp-up da máquina MP28 atrasou. Com isso, a empresa tende a priorizar kraftliner, de margem menor.
Já a divisão de embalagens mostra resiliência. Mesmo com a demanda doméstica enfraquecida, o segmento é sustentado pela forte exposição a bens não discricionários, como alimentos e bebidas. A sazonalidade do segundo semestre, com Black Friday e Natal, deve ajudar, e a Klabin segue ganhando participação, segundo dados da Empapel que indicam queda de 0,6% no volume setorial.
Na celulose, o BTG vê preços próximos ao piso e aposta em recuperação gradual, apoiada por paradas de mercado e demanda chinesa maior, sem esperar “salto em V”.
Com múltiplo de 6,3 vezes EV/Ebitda para 2026 e recuo recente das ações, o banco conclui que o papel continua atrativo, embora reconheça falta de impulso no curto prazo, pressão de custos e avanço lento na desalavancagem.
Contato: vinicius.novais@estadao.com
*Conteúdo elaborado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast
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