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BTG avalia que mudança de CEO marca ‘novo capítulo’ para a Vivara, que segue como tese atraente

12 de dezembro de 2025

Por Mateus Fagundes*

São Paulo, 12/12/2025 – O BTG Pactual vê a Vivara abrir “um novo capítulo” com a troca de comando anunciada em 11 de dezembro. No mesmo dia, o conselho da companhia substituiu Ícaro Borrello por Thiago Lima Borges no cargo de diretor-presidente e Bruno Kruel Denardin por Cassiano Lemos da Cunha como diretor de operações. Os analistas destacam que a transição vinha sendo preparada há meses e que, com ela, a diretoria estatutária passa a ser formada por Borges (CEO), Elias Leal Lima (CFO e diretor de RI) e Lemos (COO).

Para o BTG, a empresa continua entre “as teses mais atraentes do varejo brasileiro para os próximos trimestres”, apoiada em uma avaliação considerada favorável – múltiplo preço/lucro de 11 vezes para 2026 – e em “sinais construtivos de governança” aliados ao ritmo operacional. Na visão dos analistas, a valorização das ações dependerá sobretudo de dois pontos: expansão sustentada de margem bruta, especialmente nas linhas Life e premium, e recuperação mais rápida do capital de giro nos próximos trimestres.

O relatório mantém atenção, porém, a fatores de longo prazo, como produtividade de lojas, possível canibalização entre os formatos Vivara e Life e a capacidade de reter a nova liderança. “Riscos permanecem”, ressalta o banco, citando, além da continuidade de governança e eventuais mudanças de gestão, bem como a exposição à atividade econômica, à inflação, ao preço de matérias-primas e à competição mais acirrada.

Nos números, o BTG projeta receita de R$ 3,014 bilhões em 2025, avanço sobre os R$ 2,577 bilhões de 2024. O Ebitda estimado sobe de R$ 782 milhões para R$ 960 milhões, enquanto o lucro líquido deve passar de R$ 653 milhões para R$ 709 milhões. O banco calcula retorno sobre capital investido de 23,6 porcentagem em 2025, que poderia chegar a 29,1 porcentual em 2027. A expectativa de geração de caixa operacional também cresce, de R$ 348 milhões em 2024 para R$ 544 milhões em 2025. Em termos de múltiplos, o EV/Ebitda recua de 8,7 vezes em 2025 para 7 vezes em 2026 e 5,7 vezes em 2027; o preço/lucro estimado cai de 11,9 vezes em 2025 para 10,9 vezes em 2026 e 8,8 vezes em 2027.

A recomendação do BTG para a Vivara é de compra, com preço-alvo em 12 meses de R$ 38, o que implica em uma valorização potencial de 14,08% em relação ao fechamento de quinta-feira.

*Conteúdo elaborado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast.

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