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BNDES aprova R$ 2 bi para Rumo S.A. concluir primeira etapa da Ferrovia do Mato Grosso

23 de dezembro de 2025

Por Daniela Amorim

Rio, 23/12/2025 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou ter aprovado um apoio de R$ 2 bilhões para a Rumo S.A. via subscrição de debêntures. Os recursos serão investidos na conclusão da primeira etapa da Ferrovia do Mato Grosso (FMT), que vai ligar os municípios de Rondonópolis e Dom Aquino, com extensão de 162 quilômetros.

A subscrição de debêntures foi coordenada pelo próprio banco de fomento, totalizando uma emissão de R$ 2 bilhões.

“A Rumo é uma emissora frequente no mercado de crédito brasileiro. Só em 2025, foram realizadas três emissões, em um total de R$ 4,8 bilhões captados em debêntures incentivadas com o objetivo de financiar seus investimentos na Ferrovia do Mato Grosso e na Malha Paulista, entre outros. O apoio do BNDES é parte desse montante e complementa a estrutura de funding necessária aos investimentos”, comunicou o banco de fomento, em nota distribuída à imprensa.

O investimento tem como objetivo aumentar a capacidade de escoamento da produção agroindustrial do estado de Mato Grosso, integrando os modais rodoviário e ferroviário.

As obras da primeira fase devem ser concluídas no segundo semestre de 2026. O projeto completo da Ferrovia do Mato Grosso prevê a implantação de aproximadamente 743 quilômetros. O investimento ocorrerá em cinco fases. Os trilhos vão interligar os municípios de Rondonópolis e Lucas do Rio Verde, com a inclusão de um ramal destinado a Cuiabá. Segundo o BNDES, as obras devem gerar 114 mil empregos.

“Essa ferrovia representa um avanço significativo para o escoamento da produção agrícola de Mato Grosso, com redução de custos logísticos, aumento da competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional e alívio na sobrecarga das rodovias, prioridades do governo do presidente Lula. Além disso, a ferrovia trará impactos positivos sobre a sustentabilidade ambiental, uma vez que o modal ferroviário apresenta menores índices de emissão de carbono em comparação ao transporte rodoviário”, declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na nota à imprensa.

Contato: daniela.amorim@estadao.com

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