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5 de novembro de 2025
Por Marianna Gualter e Cícero Cotrim
Brasília, 05/11/2025 – O Comitê de Política Monetária (Copom) revisou sua projeção para a inflação acumulada em 12 meses até o fim do segundo trimestre de 2027, de 3,4% para 3,3%. Na reunião desta quarta-feira, esse se tornou o horizonte relevante da política monetária.
A projeção continua acima do centro da meta, de 3%. Isso indica que a trajetória de juros embutida no relatório Focus é insuficiente para fazer a inflação convergir ao alvo no período de seis trimestres observado pelo BC. Hoje, as medianas indicam que a Selic estará em 15,0% no fim deste ano e vai cair a 12,25% no fim de 2026.
Nesta quarta-feira, o Copom manteve a Selic em 15,0%, em uma decisão unânime. A decisão era esperada por todas as 65 instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast.
Ao justificar a decisão, o colegiado disse que o “cenário segue incerto sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”. “Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, diz o comunicado.
A cotação do dólar usada pelo comitê nas suas projeções permaneceu em R$ 5,40. A mediana do Focus para o IPCA de 2025 passou de 4,83% na reunião anterior para 4,55% agora. Para 2026, foi de 4,30% para 4,20%. Para 2027, passou de 3,90% para 3,80%.
A projeção do Copom para o IPCA acumulado em 2025 passou de 4,8% para 4,6%, ainda acima do teto da meta, de 4,50%. A estimativa para 2026 foi mantida em 3,6%.
Todas as estimativas levam em conta a evolução da taxa de câmbio conforme a paridade do poder de compra (PPC), a trajetória da Selic embutida no relatório Focus e o preço do petróleo seguindo a curva futura por aproximadamente seis meses, passando a aumentar 2% ao ano posteriormente.
Também nesse cenário de referência, o Copom ajustou as suas projeções para a inflação de preços livres em 2025 (5,0% para 4,5%), em 2026 (3,5% para 3,6%) e manteve as projeções no segundo trimestre de 2027 em 3,2%. A projeção para os preços administrados passou de 4,3% para 5,0% este ano, de 3,8% para 3,4% no próximo e de 3,7% para 3,5% no horizonte relevante.
Juros reais
Com a manutenção da Selic em 15%, o Brasil continua com a segunda maior taxa de juros reais do mundo, de 9,74%, segundo ranking do site MoneYou. O País está atrás apenas da Turquia, com 17,80%. A Rússia aparece no terceiro lugar, com 9,10%. Depois, figuram no ranking Argentina (5,16%) e Índia (4,21%).
O BC calcula que a taxa real neutra de juros do Brasil – que não estimula, nem deprime a economia – é de 5,0%.
Contato: marianna.gualter@broadcast.com.br e cicero.cotrim@broadcast.com.br
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