Por Marianna Gualter e Cícero Cotrim
Brasília, 26/09/2025 – O chefe do departamento de estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha, afirmou há pouco que o déficit na conta de serviços registrado entre janeiro e agosto de 2025, de US$ 35,4 bilhões, é o maior desde 2014, quando somou US$ 36,8 bilhões.
“É uma conta estruturalmente deficitária, e na qual a demanda por serviços prestados por não-residentes tem crescido”, afirmou Rocha, que detalhou que as receitas e despesas de serviços estão nos maiores níveis da série para períodos acumulados no ano.
Ainda sobre a abertura, Rocha afirmou que, nas leituras mensais, a regulamentação das bets, aprovada no início deste ano, tem levado a uma redução consistente nas despesas da conta de serviços culturais, pessoais e recreativos. No entanto, em geral, esse movimento tem sido mais do que compensado no resultado da conta corrente por outras rubricas de serviços, como o caso de aluguel de equipamentos, serviços de propriedade intelectual, telecomunicações, comunicação e informação, que tem uma despesa crescente.
Porém, em agosto, segundo o técnico, isso excepcionalmente não aconteceu porque houve uma ligeira redução nos déficits de transportes, serviços financeiros, serviços de propriedade intelectual e aluguel de equipamentos, o que ocasionou em uma redução no déficit de serviços como um todo.
Ele ponderou, no entanto, que esse resultado deve ser pontual, associado à sazonalidade de agosto, e que em setembro o mais provável é que prevaleça a tendência anterior.
Também durante entrevista coletiva a jornalistas, Rocha afirmou que o estoque de Investimentos Diretos no País (IDP) em 12 meses atingiu o maior nível da série histórica, chegando a quase a metade do PIB brasileiro.
Contato: cicero.cotrim@broadcast.com.br, marianna.gualter@broadcast.com.br
