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27 de outubro de 2025
Por Isadora Duarte
O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste domingo, e a sinalização de início imediato das negociações comerciais animaram exportadores do agronegócio brasileiro. Representantes do setor, ouvidos pelo Broadcast Agro, veem celeridade nas tratativas e apostam em rápidas respostas dos países até a potencial conclusão de um acordo bilateral. Empresários exportadores que acompanham a comitiva no Sudeste Asiático se dizem “muito otimistas” e acreditam em um potencial pacto bilateral já “nas próximas semanas”.
A expectativa agora dos setores é com a reunião ampliada prevista para a noite deste domingo, manhã de segunda-feira na Malásia, entre as equipes do governo brasileiro e do governo americano. O Brasil pediu uma pausa no tarifaço de 50% aplicado sobre os produtos brasileiros durante o decorrer das negociações, mas os Estados Unidos ainda não sinalizaram se irão conceder a pausa temporária.
Exportadores apostam na ampliação da lista de exceções de produtos brasileiros ao tarifaço como o mais iminente em detrimento de uma retirada total e linear da sobretaxa de 40%. “Os relatos foram positivos. Café e carne são as prioridades”, afirmou um interlocutor do setor privado que acompanha a missão à Malásia. De acordo com fontes, a proposta do Brasil de exclusão de um maior número de itens ao tarifaço, como café, carnes, pescados e frutas, consta em documentos entregues hoje à Casa Branca. O café, por não tem produção nos Estados Unidos, continua sendo considerado o produto de maior flexibilidade americana para retirada do tarifaço.
Outro fator que deve contribuir para acelerar as tratativas bilaterais é a pressão do próprio setor privado americano, segundo uma fonte, diante da crescente inflação de alimentos no País e do risco à popularidade do governo. “Trump não quer um desgaste maior por conta do Brasil que não é um grande mercado para os Estados Unidos. Tudo aponta para resolver isso logo e limpar a agenda, além de que ele se sairia bem com um gesto político ao Brasil”, afirmou um executivo de empresa brasileira com trânsito em Washington.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) também se manifestaram sobre o encontro. A Abiec afirmou que acredita no entendimento entre os dois países e que o encontro demonstra a disposição de ambos os governos em avançar nas discussões sobre as tarifas.
Na mesma linha, o Cecafé disse que os dois países estão dispostos a avançar nas discussões sobre as tarifas atualmente em vigor, mas que aguarda resultados concretos sobre a isenção das tarifas. Os setores de carne bovina e café estão entre os mais afetados pelo tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos importados brasileiros.
Em Kuala Lumpur, o clima nos bastidores do governo brasileiro era positivo quanto ao destravamento dos próximos passos, segundo uma autoridade. “Será um processo célere. A expectativa é a melhor possível”, garante. A estratégia do Brasil estará “aberta” na reunião a depender dos sinais americanos, conforme o interlocutor. “São duas frentes de trabalho”, apontou em relação à ênfase do pleito de retirada da tarifa linear sobre todos os setores e à busca pela exceção à sobretaxa de um maior número de itens, sobretudo aqueles que não são cultivados no território norte-americano.
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