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AtlasIntel: 85% dos brasileiros veem crescimento das fintechs e bancos digitais como positivo

8 de dezembro de 2025

Por Marianna Gualter

Brasília, 08/12/2025 – Levantamento da AtlasIntel divulgado nesta segunda-feira, 8, indica que 85% dos brasileiros avaliam que o crescimento do setor de bancos digitais e fintechs nos últimos anos foi benéfico para a população do País. São 47,6% os que classificam o impacto como positivo e 37,4% como muito positivo.

Os dados também mostram que, para 77%, a chegada e popularização dessas instituições aumentou a inclusão financeira de pessoas de baixa renda e, para 74%, elevou a competição entre os bancos.

O levantamento revela que 71% dos entrevistados avaliam que houve aumento do acesso a oportunidades de investimento; 70%, aumento da facilidade de acesso ao crédito; e 58%, aumento da eficiência e qualidade dos serviços bancários.

O estudo foi encomendado por quatro associações: a Zetta, a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), a Associação Brasileira de Internet (Abranet) e a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD). Foram 2.227 respondentes em todas as regiões do País. O período de coleta ocorreu entre 28 de outubro e 10 de novembro. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo.

Questionados sobre o efeito desse movimento na cobrança de tarifas e anuidades em serviços no setor bancário, 40% afirmaram que, em sua percepção, houve diminuição; 25% que houve aumento; e 20% que não houve impacto. Acerca da transparência na comunicação com o cliente sobre taxas e tarifas, 49% disseram que aumentou; 28% que não afetou; e 12% que diminuiu.

Para o presidente da Zetta, Eduardo Lopes, os dados confirmam pontos que já eram lidos pelo setor como diferenciais competitivos. “Mostra como, de fato, esse modelo de negócios tem valor e como esse valor é percebido pelas pessoas”, afirmou.

Os dados também indicam que, na visão dos entrevistados, os bancos tradicionais seriam os principais responsáveis pela cobrança de “mais tarifas e juros abusivos”. Os bancos tradicionais foram apontados nesse quesito por 63,1% dos respondentes. Na sequência, aparecem as opções “ambos por igual” (23,5%) e bancos digitais e fintechs (7,7%).

Cenário similar foi registrado quando os entrevistados foram questionados sobre em qual instituição costumam ter “um pior atendimento e mais dificuldade para resolver problemas”. Os bancos tradicionais foram apontados por 49,4% dos questionados e os bancos digitais e fintechs por 16,4%. A opção “ambos por igual” foi selecionada por 19% dos respondentes.

Os entrevistados também selecionaram em quais instituições mantêm conta aberta, com a possibilidade de escolher mais de uma opção. A Caixa liderou o ranking, com 60,2% dos respondentes, seguida por Nubank (55,4%), Banco do Brasil (36,3%), Itaú (27%), Bradesco (24,2%), Mercado Pago (23,4%), PicPay (22%), Santander (18,6%), Banco Inter (16,9%) e 99Pay (8,3%).

Lopes enfatiza que, embora muitas fintechs já tenham se tornado grandes em número de clientes, elas ainda precisam conquistar participação de mercado, e reitera que o País hoje ainda registra uma concentração bancária elevada.

“Esse está sendo um trabalho de formiguinha”, diz, acrescentando que os grandes bancos detêm mais de 70% do crédito para pessoas físicas e uma porcentagem similar para pessoas jurídicas. “A competição vem crescendo, mas ainda é nascente. Vai levar mais tempo para produzir os efeitos desejados, de ter um sistema mais desconcentrado, com muitos players.”

Contato: marianna.gualter@broadcast.com.br

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