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90% das empresas consideram a regulação o maior entrave ao avanço da criptoeconomia, diz pesquisa

26 de novembro de 2025

Por Jean Mendes

São Paulo, 26/11/2025 – O mais recente levantamento da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto), em parceria com a PwC Brasil, mostra que 90% das empresas ainda consideram a regulação o maior entrave para o avanço da criptoeconomia, mas os movimentos das últimas semanas – com a regulamentação do Banco Central e novas diretrizes da Receita Federal – abrem caminho para mais clareza, profissionalização e crescimento sustentável, afirma a instituição em nota.

Um ponto importante sobre a pesquisa é que ela compreende um período de captação de informações que termina no mês de maio de 2025, ou seja antes das novas regras para ativos digitais realizada pelo Banco Central (BC) brasileiro, no último dia dez de novembro de 2025.

O estudo também informa que 80% das companhias apontam as criptomoedas como a tecnologia de maior impacto para seus negócios, enquanto blockchain e tokenização seguem se consolidando como infraestrutura essencial da economia digital.

Para Fabio Moraes, Diretor de Educação e Pesquisa da ABcripto, o alinhamento entre inovação tecnológica e segurança jurídica definirá o ritmo de expansão do setor. “O Brasil está construindo uma infraestrutura financeira digital sólida, segura e inclusiva. Temos um mercado tecnicamente maduro, que domina blockchain, tokenização e cripto, mas precisa de um ambiente regulatório estável para liberar todo o seu potencial. Quando regulação clara e inovação caminham juntas, o resultado é crescimento sustentável, eficiência e inclusão”, afirma.

O estudo mostra que as criptomoedas são a tecnologia mais compreendida pelo mercado, com 73% das empresas declarando domínio técnico alto ou profundo e 97% reconhecendo benefícios claros em aplicações como investimento, liquidez, intermediação e meios de pagamento.

Além da regulação, apontada como risco principal por 90% das empresas, surgem preocupações com cibersegurança (48%), escassez de profissionais qualificados (47%), fraudes (45%), além de limitações de escalabilidade e integração tecnológica. A consolidação do setor é vista como um processo de médio prazo: 60% acreditam que ocorrerá entre dois e cinco anos.

Contato: jean.mendes@broadcast.com.br

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