Selecione abaixo qual plataforma deseja acessar.

ESOC 2025: contraceptivos orais combinados triplicam o risco de acidente vascular cerebral criptogênico em mulheres jovens, mostra novo estud

Uma nova pesquisa apresentada hoje na European Stroke Organisation Conference (ESOC) 2025 revelou que o uso de contraceptivos orais (COs) combinados está associado a um aumento

20 de maio de 2025

HELSINKI, 20 de maio de 2025 /PRNewswire/ — Uma nova pesquisa apresentada hoje na European Stroke Organisation Conference (ESOC) 2025 revelou que o uso de contraceptivos orais (COs) combinados está associado a um aumento de três vezes no risco de acidente vascular cerebral isquêmico criptogênico (CIS, em inglês) em mulheres jovens.(1) Os achados se somam a um crescente corpo de evidências que ligam a contracepção hormonal ao risco vascular em mulheres em idade reprodutiva.

O acidente vascular cerebral isquêmico criptogênico, que é um acidente vascular cerebral sem causa identificável, é responsável por até 40% de todos os AVCs isquêmicos em jovens adultos.(2) Apesar de sua prevalência, a contribuição de fatores de risco específicos do sexo, como o uso de contraceptivos, permaneceu pouco explorada. Embora estudos anteriores tenham associado os COs combinados ao risco de derrame, este é um dos poucos estudos que se concentram especificamente no derrame criptogênico em jovens mulheres.

O estudo Searching for Explanations for Cryptogenic Stroke in the Young (SECRETO) incluiu 268 mulheres com idades entre 18 e 49 anos com CIS e 268 controles sem AVC pareados por idade em 14 centros na Europa. Entre as participantes, 66 participantes e 38 controles estavam usando COs combinados. Após o ajuste por idade e comorbidades estabelecidas, como hipertensão, tabagismo, enxaqueca com aura e obesidade abdominal, o uso de CO foi associado a uma razão de probabilidade ajustada de 3,00 (IC 95%: 1,61-5,57). Não foram encontradas interações significativas entre o uso de CO e esses fatores de risco, sugerindo que o aumento do risco de AVC pode operar independentemente de outros fatores contribuintes conhecidos.

“Nossas descobertas confirmam evidências anteriores que vinculam os contraceptivos orais ao risco de acidente vascular cerebral”, disse a Dra. Mine Sezgin, Departamento de Neurologia da Universidade de Istambul e principal autora do estudo. “O que é particularmente notável é que a associação permanece forte mesmo quando se considera outros fatores de risco conhecidos, indicando que pode haver mecanismos adicionais envolvidos ? possivelmente genéticos ou biológicos.”

A maioria das usuárias de CO no estudo estava tomando formulações à base de etinilestradiol, com uma dose média de 20 microgramas. Outros tipos de estrogênio, como o estradiol hemi-hidratado e o valerato de estradiol, também foram registrados.

“Calculamos a dose equivalente de estrogênio para cada paciente para garantir a consistência”, explicou a Dra. Sezgin. “Embora nossos dados forneçam informações iniciais importantes, são necessários estudos maiores para determinar se determinadas formulações apresentam diferentes níveis de risco. Esse conhecimento pode ajudar a orientar escolhas contraceptivas mais personalizadas para as mulheres”.

Embora os pesquisadores observem que são necessários estudos prospectivos adicionais, eles aconselham os médicos a ter cautela ao prescrever COs combinados a mulheres com fatores de risco vascular conhecidos ou histórico de acidente vascular cerebral isquêmico. “Nossos achados devem levar a uma avaliação mais cuidadosa do risco de AVC em mulheres jovens, especialmente aquelas com fatores de risco adicionais”, concluiu a Dra. Sezgin.

No futuro, os pesquisadores planejam explorar mecanismos biológicos e genéticos subjacentes à associação observada entre o uso de CO combinado e o aumento do risco de AVC para entender melhor como os contraceptivos hormonais podem, por si só, elevar esse risco.

Nota para os editores:  

deve ser incluída uma referência à ESOC 2025 em todas as coberturas e/ou artigos associados a este estudo.  

Sobre a autora do estudo:  

a Dra. Mine Sezgin é neurologista e pesquisadora de AVC na Faculdade de Medicina da Universidade de Istambul. Seu trabalho se concentra em fatores de risco específicos do sexo e na prevenção de AVC em jovens adultos.

Sobre a European Stroke Organisation (ESO):  

a ESO é uma sociedade pan-europeia de pesquisadores e médicos de AVC, sociedades nacionais e regionais de AVC e organizações leigas que foi fundada em dezembro de 2007.

O objetivo da ESO é reduzir a carga do AVC, mudando a forma como o AVC é visto e tratado. Isso só pode ser alcançado pela educação profissional e pública e com mudanças institucionais. A ESO funciona como a voz do AVC na Europa, harmonizando o controle do AVC em toda a Europa e adotando medidas para reduzir a carga do AVC regional e globalmente.  

Referências:  

1.   Sezgin, M., et al. Hormonal contraception increases the risk of cryptogenic stroke in young women. Resumo O049, apresentado na European Stroke Organisation Conference; 21 de maio de 2025; Viena, Áustria.
2.   Yaghi, S., & Elkind, MS (2014). Cryptogenic stroke: A diagnostic challenge. Neurology. Clinical practice, 4(5), 386?393. https://doi.org/10.1212/CPJ.0000000000000086

 

Cision View original content:https://www.prnewswire.com/br/comunicados-para-a-imprensa/esoc-2025-contraceptivos-orais-combinados-triplicam-o-risco-de-acidente-vascular-cerebral-criptogenico-em-mulheres-jovens-mostra-novo-estud-302460597.html

FONTE European Stroke Organisation

Tópicos Relacionados: Pesquisa, Enquetes e Estudos, Ensaios Clínicos / Descobertas Médicas, Notícias Relacionadas a Mulheres, Saúde/Hospitais, Computador/Eletrônica

A OESP não é(são) responsável(is) por erros, incorreções, atrasos ou quaisquer decisões tomadas por seus clientes com base nos Conteúdos ora disponibilizados, bem como tais Conteúdos não representam a opinião da OESP e são de inteira responsabilidade da PR Newswire Ltda

Veja também