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Em meio a tensão com o tarifaço anunciado por Donald Trump no horizonte, IBRAM aposta no diálogo sobre minerais estratégicos e críticos como ponte para conter riscos e ampliar parcerias com
24 de julho de 2025
Em meio a tensão com o tarifaço anunciado por Donald Trump no horizonte, IBRAM aposta no diálogo sobre minerais estratégicos e críticos como ponte para conter riscos e ampliar parcerias com EUA. Entidade recebeu visita do embaixador dos EUA e articula missão de empresas brasileiras ao país
O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) recebeu na quarta-feira (23/07), em sua sede em Brasília, o Encarregado de Negócios e Embaixador interino dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar. A visita foi solicitada pela representação diplomática norte-americana e teve como foco principal a missão comercial de mineradoras brasileiras ao mercado dos Estados Unidos, além do interesse norte-americano em acordos bilaterais com o setor mineral brasileiro, especialmente no que diz respeito aos minerais críticos e estratégicos.
Durante o encontro, o diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, e o vice-presidente, Fernando Azevedo, apresentaram um panorama do setor e destacaram a importância do estreitamento de relações comerciais com os Estados Unidos em um momento delicado para o comércio global de commodities. Segundo Gabriel Escobar, uma visita de empresários brasileiros da mineração aos seus pares norte-americanos seria mais efetiva nos meses de setembro ou outubro, uma vez que agosto é tradicionalmente período de férias no país.
Segundo o Ibram, o diplomata também demonstrou interesse na Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, em fase de elaboração pelo governo federal, bem como em iniciativas legislativas que tratam do tema no Congresso Nacional. O Ibram informou que os assuntos tratados na reunião serão levados às associadas do Instituto — que representam cerca de 85% da produção mineral do país — para deliberação e possíveis desdobramentos.
Tarifaço do Trump
A reunião acontece em meio a uma escalada nas tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Recentemente Donald Trump anunciou um pacote de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, o que acendeu o alerta entre empresas e entidades do setor mineral. O IBRAM estima que as tarifas e eventuais medidas de retaliação do governo brasileiro possam gerar um impacto de até US$ 1 bilhão por ano para a mineração nacional, sobretudo pela elevação do custo de importação de maquinário pesado como escavadeiras, caminhões e equipamentos de beneficiamento.
Nos últimos dias o Ibram tem feito uma série de articulações para defender os interesses do setor. Em reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin, manifestou preocupação com os efeitos de uma política de reciprocidade tarifária, que poderia comprometer a competitividade de novos projetos e prejudicar a modernização tecnológica do setor.
“A retaliação e a reciprocidade nos preocupam muito mais”, disse Raul Jungmann, presidente executivo do IBRAM, em entrevista à Bloomberg Línea. Ele alertou que, ainda que as tarifas de 50% do ex-presidente Trump impactem diretamente as exportações, os verdadeiros riscos estão nos custos adicionais — especialmente para a importação de maquinário dos EUA — que poderiam superar US$ 1 bilhão por ano caso o Brasil responda retaliando.
Diante desse cenário, a missão brasileira aos Estados Unidos ganha ainda mais relevância, não apenas como oportunidade de ampliar os laços comerciais com o setor mineral norte-americano, mas também como gesto político em favor da cooperação internacional em cadeias minerais críticas – como lítio, níquel, terras raras e cobre – fundamentais para a transição energética de ambos os países.
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