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CEO da Frontera Minerals defende plano de Estado e ecossistema nacional de financiamento para fortalecer a mineração e os minerais críticos no Brasil.
24 de outubro de 2025
Durante o painel “Soluções para o Desenvolvimento de Minerais Críticos” no Invest Mining Summit 2025, Felipe Alves defendeu a criação de um ecossistema nacional de financiamento e inovação que valorize o potencial geológico brasileiro.
Por Ricardo Lima
O CEO e fundador da Frontera Minerals, Felipe Alves, destacou no dia 22, durante painel no Invest Mining Summit, a necessidade de o Brasil definir uma estratégia própria e de longo prazo para o setor mineral, criticando a dependência de políticas internacionais e a falta de integração entre governo, mercado e academia. Para ele, o país precisa de um “plano de Estado” capaz de transformar seu potencial geológico em riqueza nacional.
Alves ressaltou que o país ainda não possui um ecossistema maduro como o do Canadá e da Austrália, que “conseguiram, ao longo de décadas, criar um ecossistema que entende essa curva”, referindo-se à curva do ciclo mineral, da descoberta até o esgotamento da mina. Ele apontou que, nessas regiões, há liquidez e sofisticação para precificar cada fase do ciclo mineral, algo que o Brasil ainda não consolidou.
O executivo também chamou atenção para o fato de boa parte da riqueza mineral brasileira estar sob controle de empresas estrangeiras. Segundo levantamento interno da Frontera — uma holding de desenvolvimento e investimento mineral —, as 15 maiores junior companies com ativos de minerais críticos no Brasil somam cerca de R$ 75 bilhões em valor de mercado, dos quais apenas 2% a 5% pertencem a investidores brasileiros. “Quanto de riqueza a gente está exportando por falta desse ecossistema compreensivo? R$ 75 bilhões é 0,5% a 0,7% do nosso PIB. Não é trivial”, afirmou.

Em tom propositivo, Alves defendeu que o país precisa construir uma visão estratégica sobre seus recursos minerais. “O Brasil, em muitas frentes, carece de planos de Estado”, afirmou. Ele criticou o fato de o país adotar como referência as políticas e classificações de minerais estratégicos definidas por outros países, como Estados Unidos, China e Austrália.
Para o executivo, a atenção nacional em relação aos minerais estratégicos deve se voltar a insumos ligados à segurança alimentar. “Ao meu ver, os maiores minerais estratégicos do Brasil, que a gente deveria dar atenção, são o fosfato e o potássio”, destacou, lembrando que cerca de 30% do PIB brasileiro depende de fósforo, potássio ou nitrogênio importados.
Felipe Alves também cobrou uma maior integração entre as pastas do governo e o setor privado, com o recente anúncio da criação do Conselho Nacional de Minerais Críticos. “Quando a gente vai no Ministério da Indústria, não se conversa com a Fazenda, que não conversa com o Meio Ambiente. Eu espero que esse conselho consiga unificar e dar um farol para todas essas boas iniciativas”, disse.
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