Por Wilian Miron
São Paulo, 29/12/2025 – A equipe de analistas do BTG Pactual vê como mitigadora a publicação, pelo Ministério da Educação, de uma regra transitória para que os programas de graduação em Enfermagem sejam totalmente presenciais.
A medida está alinhada com a nova política para o Ensino a Distância (EaD), publicada em maio deste ano, e que proíbe que uma série de cursos sejam oferecidos nessa modalidade.
Segundo os analistas Samuel Alves e Maria Resende, a medida era amplamente esperada e já havia sido sinalizada em recentes discussões com os gestores das universidades. “Em essência, a portaria cria uma rota de migração altamente seletiva para instituições que anteriormente ofereciam Enfermagem via EaD”.
A norma, destacaram os analistas, explicita que centros de EaD não podem ser automaticamente convertidos em operações presenciais, e as instituições devem passar por um processo completo de credenciamento para estabelecer um novo campus presencial ou uma nova instituição de ensino superior, ambos sujeitos à avaliação in loco.
Para eles, embora o novo marco proíba formalmente a Enfermagem em EaD e aperte os requisitos de presença e infraestrutura em vários programas, a portaria propõe uma transição gerenciada, apoiada por uma janela de ajuste de dois anos. “Isso deve limitar o risco de uma queda abrupta na captação, e portanto não esperamos um declínio material nas matrículas do setor em 2026, com um redesenho mais significativo do EaD provavelmente mais para frente”.
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