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Ainda sem partido, presidente da Fiemg avalia candidatura ao Senado ou ao governo de Minas

16 de dezembro de 2025

Por Flávia Said

Brasília, 16/12/2025 – Atualmente sem filiação partidária, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, avalia uma possível candidatura nas eleições de 2026. Em conversa com jornalistas nesta terça-feira, 16, ele afirmou que recebeu “vários convites” para disputar o pleito de 2022, mas iniciava seu segundo mandato à frente da Fiemg, que terminará em dezembro de 2026.

“Agora, eu posso estar inclinado ou não a ir para a vida pública. É sinal de que eu estou estudando”, disse. Ele informou que, se optar por concorrer a algum posto, deixará o comando da entidade no primeiro trimestre do próximo ano.

“Meu perfil é um perfil que o eleitor quer, que se posiciona, tem um tracking record de gestão, a gente tem uma bagagem. Esse perfil esteve forte nas duas últimas eleições e ele ainda está forte. E eu sou outsider da política, apesar de conhecer política razoavelmente bem”, disse, destacando nunca ter ocupado nenhum cargo público.

Roscoe afirmou que recebeu convites para disputar o Senado Federal – que terá duas cadeiras por Estado em disputa em 2026 -, a vice de pelo menos três pré-candidatos e para ser o postulante ao governo mineiro, mas recusou “quase todos”. “O cenário ainda é muito incerto. Eu acho que teriam nomes mais fortes para o governo”, emendou.

Entre as pré-candidaturas ao governo de Minas estão as do atual vice-governador Mateus Simões (Novo), do senador Cleitinho (Republicanos), do ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte Gabriel Azevedo (MDB) e do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PDT).

Em âmbito nacional, Roscoe apontou que o atual governador Romeu Zema (Novo) mantém a candidatura ao Palácio do Planalto, pois seu projeto é eleger parlamentares do partido, e não necessariamente tornar-se presidente. Ele citou outros três governadores como nomes fortes à Presidência da República: Ratinho Jr. (PSD-PR), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO). “A gente tem bons candidatos, são políticos experimentados”, considerou.

Sobre alianças, disse não descartar composições com siglas como PL, PSD, PP, Republicanos e “até mesmo com partidos que, em tese, não têm a mesma linha, como PSB”. Ele afirmou prezar pela coerência: “Eu defendo menos Estado na economia, como vou estar alinhado a um projeto que é mais Estado na economia? Eu defendo menos tutela do governo na iniciativa privada. Então, você tem que ter coerência. Eu não vou fazer qualquer coligação, mas mantenho o diálogo com todo mundo. E, se eu for para a política, eu vou continuar mantendo a mesma coisa que eu faço na entidade de classe”.

Flávio Roscoe atua na indústria têxtil há mais de três décadas, sendo sócio-diretor das empresas Colortextil Participações Ltda., Colortextil Nordeste Ltda., Itatextil Ltda. e FTX Ltda. É membro do Conselho de Representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), exercendo o cargo de vice-presidente.

Contato: flavia.said@broadcast.com.br

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