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18 de novembro de 2025
O Fundo Garantidor de Créditos (FGC), responsável por cobrir perdas de depositantes em caso de quebra de instituições financeiras, estima que os desembolsos com liquidação extrajudicial do Banco Master, Banco Master de Investimento, Banco Lestsbank, e Master Corretora de Câmbio ficará em cerca de R$ 41 bilhões e poderá alcançar perto de R$ 49 bilhões.
O diretor-presidente do FGC, Daniel Lima, disse à Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que esse montante pode se aproximar dos R$ 49 bilhões se o regime de administração temporária especial (Raet) decretado no Banco Master Múltiplo não tiver o resultado desejado e o banco também tiver de ser liquidado.
Por enquanto, o FGC trabalha com a estimativa de R$ 41 bilhões, que sairão dos R$ 122 bilhões da reserva de liquidez composta por contribuições dos bancos associados para evitar risco sistêmico em situações como essa. De qualquer forma, esse será o maior desembolso feito pelo FGC nos 30 anos de sua criação no atual formato.
O único paralelo em termos de porte de desembolso, de acordo com Lima, é a quebra do Bamerindus, na década de 1990, quando o FGC havia acabado de ser criado. “Ajustado à inflação, esse seria o caso de porte comparável, mas, ao mesmo tempo, todas as demais condições do sistema financeiro e bancário eram completamente diferentes”, diz.
Lima avalia que, considerando o histórico de casos em que prestou cobertura a depositantes, o FGC pode ter desembolsado o total de R$ 41 bilhões em cerca de três meses após o início dos pagamentos, previsto para ocorrer em aproximadamente 30 dias, ou meados de dezembro. O executivo diz que, nos casos anteriores, 90% dos investidores pediram acesso à cobertura nesse período de três meses.
Lima lembra também que a estimativa de início do pagamento em 30 dias tem como referência os casos anteriores, mas que para dar a largada nas coberturas é preciso que o interventor na liquidação entregue uma lista dos investidores elegíveis. O interventor não tem prazo para isso, mas a lista já tem de começar a ser preparada na data da liquidação.
O montante total das coberturas pode também variar. A estimativa da cobertura feita pelo FGC neste momento reflete informações mensais consolidadas que as instituições entregam ao fundo. O detalhamento dos CPFs correspondentes e a verificação dos números é tarefa do interventor.
Lima disse também que acredita que discussões sobre uma eventual estratégia para recompor o fundo de liquidez podem começar no final do ano. “A recomposição vai ser discutida para se criar um plano de ação, a partir do tamanho do ajuste que terá de ser feito”, afirmou.
Pelo regulamento do FGC, uma das primeiras medidas seria antecipar contribuições feitas pelos bancos associados, que, no caso do Master, poderiam significar volume equivalente a cinco anos de contribuição. Esse desfecho não está dado ainda, no entanto, porque será preciso ter avaliação do tamanho do ajuste.
O episódio pode se desdobrar em melhorias no FGC, visando a estabilidade do sistema, segundo ele. “Agora o momento é de ressarcir os investidores e, depois, refletir sobre as lições aprendidas. Se forem identificadas oportunidades de melhoria do sistema, vamos implementar”, afirmou.
Lima lembra que o FGC é uma entidade privada sem fins lucrativos, de 30 anos, e já passou por 40 episódios como esse. “Este é o 41º episódio, e o FGC vai cumprir as garantias e sair mais confiante desse processo”, disse.
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