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18 de novembro de 2025
Por Cristina Canas, Karla Spotorno, Renan Monteiro, enviados especiais
Belém, 18/11/25 – A liderança da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) imprimiu grande esforço para essa ser a COP da implementação. E na contagem regressiva para o fim da conferência, marcado para o dia 21 de novembro, a maior preocupação das delegações e diferentes agentes é sobre a “palavrinha” que vai constar no documento final da COP30, segundo Ana Toni, diretora executiva da COP30. “É um pouco frustrante”, afirmou Toni. Ela participou nesta manhã de uma reunião com o setor privado na zona azul da COP.
Representantes de dois coletivos e também do Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) entregaram à diretora executiva o relatório “Brasil, país de soluções climáticas para o clima, natureza e pessoas”. O documento apresenta os casos de negócios mapeados pelo CEBDS e também pela Sustainable Business COP (SB COP) e pela Climate Action Solutions & Engagement (C.A.S.E.). A SB COP é um coletivo de empresas de cinco continentes, liderado pelo brasileiro Ricardo Mussa, e que tem como objetivo ter a mesma função que o B20 teve para o G20. A C.A.S.E. é uma iniciativa das empresas Bradesco, Itaú, Itaúsa, Marcopolo, Natura, Nestlé e Vale.
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Foto: Karla Spotorno
Durante a reunião, Ana Toni afirmou que o relatório materializa o quanto o setor privado atendeu ao chamamento da presidência da COP para que o marco da conferência fosse a implementação. “Tínhamos três grandes objetivos no início do planejamento dessa COP: reforçar o multilateralismo, falar com as pessoas e trabalhar pela implementação. E o setor privado apareceu, deu show de profissionalismo e soluções concretas”, afirmou Toni.
O relatório compilou 800 soluções de impacto positivo escaláveis em cinco continentes, segundo Patricia Feliciano, da Accenture, consultoria que agregou os estudos dos dois coletivos e do CEBDS. Os casos não são exatamente das mesmas áreas temáticas da COP30, mas são complementares, segundo Accenture. Entre essas áreas, três demonstraram ser estratégicas por ter alta escalabilidade: agricultura regenerativa, biocombustíveis e restauração ecológica. “A agricultura regenerativa se mostrou uma solução muito relevante não só para o Brasil mas para o mundo”, disse Felipe Bottini, da Accenture.
“Queremos que essas histórias deixem de ser apenas cases no futuro e sejam o novo normal”, afirmou Toni. A diretora executiva afirmou que a presidência da COP30 quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entenda o papel do setor privado na agenda climática. “O presidente Lula pediu reunião com o setor privado”, disse.
“Teremos um ano pela frente para trabalharmos e consolidarmos o trabalho de implementação”, afirmou.
Pré-balanço da COP30
Na reunião com o setor privado, Ana Toni fez um balanço prévio da conferência até o momento. Lembrou que havia muitos questionamentos quando o planejamento da COP30 começou. “Havia questões sobre a escolha de Belém, sobre a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e da COP”, lembrou. “Mas no fim, nenhum outro país anunciou a saída do Acordo de Paris. Também tínhamos receio que poucos países viessem, mas temos representantes oficiais de 195 países”, afirmou, acrescentando que essa participação reforça o caráter de multilateralismo.
“As pessoas falaram que não teríamos NDCs [a apresentação das contribuições nacionalmente determinadas], mas chegamos ontem a 118. Ou seja, a direção está dada”, afirmou Toni. “O que precisamos agora é velocidade na implementação”, disse.
Contato: cristina.canas@estadao.com, karla.spotorno@estadao.com, renan.monteiro@estadao.com
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