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14 de novembro de 2025
Por Leandro Silveira
São Paulo, 14/11/2025 – A Raízen registrou prejuízo líquido de R$ 2,312 bilhões no segundo trimestre do ano-safra 2025/26 (1º de julho a 30 de setembro de 2025). O resultado representou alta de 1.361% ante o prejuízo de R$ 158,3 milhões em igual intervalo da safra anterior. A receita líquida caiu 17,8%, passando de R$ 72,909 bilhões para R$ 59,910 bilhões na comparação anual.
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 3,348 bilhões, queda de 12,8% em relação aos R$ 3,840 bilhões do segundo trimestre de 2024/25.
Segundo a companhia, o resultado do trimestre “reflete o menor volume de açúcar e etanol comercializado no segmento EAB e pela retração circunstancial das margens em Distribuição de Combustíveis Argentina, pressionadas pela desvalorização cambial do peso argentino”.
O prejuízo líquido foi influenciado pelo “aumento das despesas financeiras em razão do maior saldo de dívida e da elevação da taxa média do CDI”, além do “maior efeito da variação do valor justo do ativo biológico (não caixa), decorrente da revisão das premissas utilizadas no cálculo”, afirmou a empresa.
A alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado dos últimos 12 meses subiu para 5,1 vezes, ante 2,6 vezes um ano antes. A dívida líquida avançou 48,8% na comparação anual, atingindo R$ 53,437 bilhões. Os investimentos caíram 29,0%, para R$ 1,692 bilhão.
De acordo com a Raízen, o aumento do endividamento reflete, principalmente, “a substituição adicional de R$ 2,9 bilhões em linhas de capital de giro de curto prazo por instrumentos de dívida de longo prazo neste trimestre”. O prazo médio da dívida encerrou o trimestre em 7,7 anos.
Produção e vendas – A companhia processou 35,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no trimestre, alta de 6,7% sobre igual período do ano-safra anterior. O teor de açúcares totais recuperáveis (ATR) recuou 3,7%, de 146,9 kg/tonelada para 141,5 kg/t, enquanto a produtividade agrícola (TCH) caiu 3,6%.
A produção de açúcar somou 2,697 milhões de toneladas, expansão de 12,1%. O etanol de primeira geração registrou 1,240 milhão de m³ (queda de 10,3%), enquanto o etanol de segunda geração (E2G) avançou mais de 100%, para 42,9 mil m³. O mix de produção foi de 56% para açúcar e 44% para etanol.
Segundo a administração, foram reconhecidos no trimestre “impactos negativos não recorrentes (não caixa) relacionados à hibernação e alienação de ativos, no montante de R$ 1,0 bilhão, em linha com o processo de simplificação do portfólio”.
Na Distribuição de Combustíveis Brasil, o Ebitda ajustado cresceu 24,7%, para R$ 1,360 bilhão, impulsionado pela expansão dos volumes e das margens médias de comercialização. Já na Argentina, o indicador recuou 26,7%, para R$ 411,1 milhões (USD 75,4 milhões), refletindo menores margens pressionadas pela desvalorização cambial do peso argentino e pela parada programada para modernização da refinaria de Buenos Aires, iniciada em setembro.
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