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5 de novembro de 2025
Por Gabriela da Cunha
Rio, 05/11/2025 – Dois projetos brasileiros de bioeconomia estão entre os finalistas do Prêmio Earthshot 2025, que será entregue hoje (5) no Rio de Janeiro. Chamado de “Oscar da sustentabilidade”, o prêmio foi criado pelo Príncipe William, pela The Royal Foundation, e pode reconhecer com £ 1 milhão o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) ou a re.green, plataforma brasileira de restauração florestal.
O Prêmio Earthshot, criado em 2020, quer promover 50 vencedores ao longo de 10 anos por seu “poder de ajudar a reparar o planeta”. A organização destaca que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) é “a iniciativa financeira florestal mais ambiciosa que o mundo já viu, tornando a preservação mais valiosa do que a destruição”. A iniciativa do governo brasileiro pretende viabilizar um financiamento misto de US$ 125 bilhões como renda permanente aos países com florestas tropicais em troca da proteção duradoura dessas áreas.
Já a re.green usa dados de satélite, registros públicos e informações coletadas para restaurar e financiar áreas degradadas, criando sumidouros de carbono, recuperando a biodiversidade e gerando meios de subsistência sustentáveis. A empresa tem entre seus investidores a Lanx Capital, a BW Capital Partners, a Gávea Investimentos, a Principia Capital Partners e a gestora Dynamo e quer recuperar 1 milhão de hectares de florestas na Amazônia e na Mata Atlântica em até 15 anos.
“O prêmio abrange muitas frentes, mas o Brasil se destaca na restauração. Queremos que o prêmio seja uma alavanca para o TFFF e ajude a ampliar essa lupa sobre o valor do trabalho da natureza, como propõe a re.green”, diz o diretor do Prêmio Earthshot no Brasil, Felipe Vilela.
“Levantamos US$ 79 milhões no início da empresa, em 2022, temos agregado novos parceiros, e ganhar o prêmio de £ 1 milhão será muito importante para o nosso projeto. Mas temos clareza que a restauração de florestas demanda mais esforços”, comenta o CEO da re.green, Thiago Picolo.
A premiação é dividida em cinco eixos: restauração da natureza; purificar o ar; revitalizar os oceanos; mundo sem resíduos; e combate à crise climática.
Além do TFFF e da re.green, estão entre os finalistas o projeto australiano Quay Quarter Tower, primeiro arranha-céu “reciclado” do mundo, reconhecido por ter design de ponta e impacto ambiental reduzido, e a iniciativa de Barbados para se tornar livre de combustíveis fósseis até 2030.
O país responde por apenas 0,01% das emissões globais, mas enfrenta eventos climáticos extremos. Com o Fundo Bridgetown, a ideia é atrair US$ 700 milhões para os 70 países mais vulneráveis ao clima, além do compromisso do G20 de canalizar US$ 100 bilhões a países em desenvolvimento. A iniciativa é liderada pela primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.
“Ao longo da trajetória do prêmio, temos a participação de coalizões importantes e o exemplo de Barbados é um case mundial. O que temos buscado é incentivar a participação de mais iniciativas tecnológicas e inovações para substituir os fósseis”, diz Vilela. “O Brasil tem muito potencial para isso”, complementa.
Conforme a direção do Earthshot no Brasil, esforços estão sendo feitos para que projetos de outros segmentos também sejam finalistas e se beneficiem do suporte técnico e da rede de contatos.
“O Brasil tem 70% da sua pegada de carbono ligada ao uso intensivo da terra, então as soluções para esse problema são uma prioridade, mas queremos nos aproximar de projetos brasileiros focados em oceanos, das climate techs e das iniciativas de circularidade nas indústrias de alimentos e da moda. A presença do Brasil pode avançar muito mais no prêmio”, finaliza.
Contato: gabriela.cunha@estadao.com
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