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Eve: prejuízo líquido cresce 31% no 3tri25 ante 3tri24, para US$ 46,9 milhões

4 de novembro de 2025

Por Elisa Calmon

São Paulo, 04/11/2025 – A Eve, subsidiária da Embraer, registrou prejuízo líquido de US$ 46,9 milhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 31% em relação à perda de US$ 35,8 milhões observada em igual período de 2024. O resultado foi impactado principalmente pelo aumento nas despesas com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que cresceram 38,5% ano contra ano, somando US$ 44,9 milhões.

A empresa, que ainda não possui receita operacional, continua concentrando esforços na fase de desenvolvimento e certificação de suas aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOLs).

A Eve encerrou setembro com US$ 411,7 milhões em caixa, o maior nível desde a oferta pública inicial (IPO) em 2022. “A liquidez total da empresa, de US$ 534,3 milhões, implica em uma reserva de caixa de mais de dois anos, com base na previsão de consumo de US$ 200 a US$ 250 milhões para 2025”, destaca a companhia no release de resultados.

Em agosto, a Eve levantou US$ 230 milhões em uma oferta de ações, que contou com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Embraer como investidores âncora, além de mais de 30 investidores institucionais dos Estados Unidos e do Brasil. “A operação foi fundamental para financiar o programa de desenvolvimento até 2027 e ampliar a liquidez de suas ações, cujo volume médio diário de negociação supera US$ 7 milhões”, avalia a empresa.

As despesas gerais e administrativas (SG&A) caíram 16,7%, para US$ 7 milhões no trimestre. Apesar do aumento no número de funcionários, de cerca de 170 para 190, a redução se deveu a menores custos com unidades de ações restritas (RSUs) e à capitalização da implementação do sistema ERP, ligada ao projeto de industrialização da empresa. A Eve também destacou que a valorização média de 2% do real frente ao dólar contribuiu para a variação positiva.

A companhia reconheceu ainda um ganho não recorrente de US$ 6,4 milhões, sem efeito em caixa, relacionado à marcação a mercado de derivativos, ante uma alta de US$ 4 milhões no mesmo trimestre de 2024.

Contato: elisa.ferreira@estadao.com

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