Por Juliana Garçon
Rio, 3/11/2025 – O prefeito de Londres e copresidente do C40 (rede de grandes cidades globais que se comprometem a combater a crise climática) disse há pouco que o presidente dos EUA, Donald Trump, é o principal destruidor do clima. “Trata-se de uma luta existencial entre os destruidores do clima e nós, os defensores do clima. E, sejamos claros: à frente desses destruidores está o presidente dos Estados Unidos da América, alguém que, há poucas semanas, subiu à tribuna das Nações Unidas e chamou a crise climática de ‘farsa’.”
Khan disse ainda que Trump quer “nos acorrentar aos combustíveis fósseis do passado, vandalizando nosso planeta e nossos lares com temperaturas escaldantes, mais poluição e mais desastres climáticos”.
O prefeito participa do Fórum de Líderes Locais da COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que reúne cerca de 300 prefeitos de cidades em todo o mundo, entre hoje e quarta-feira. O evento acontece no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro e é considerado uma prévia da cúpula de Belém.
O prefeito de Londres contou ainda que prefeitos de 50 cidades do C40 concordaram com novas metas de qualidade do ar, três quartos das cidades do C40 reduziram emissões mais rapidamente que seus governos nacionais e três quartos das cidades do grupo estão reduzindo as emissões per capita cinco vezes mais rápido que o restante do mundo.
“Todos os nossos membros se comprometeram a reduzir pela metade o consumo de combustíveis fósseis até o fim da década. E mais: estamos no caminho certo para criar 50 milhões de bons empregos verdes até 2030.”
Khan comentou que quando assumiu prefeito de Londres, em 2016, especialistas me disseram que, sem medidas adicionais, a cidade levaria 193 anos para que a poluição do ar atingisse os limites legais. “Após a ampliação das nossas políticas, conseguimos isso em nove anos”, comentou.
“Isso mostra não apenas que a ação climática ambiciosa é possível, mas que, com um pouco de vontade, podemos superar o cinismo, a oposição, os interesses e a desinformação”, afirmou. “Podemos implementar políticas verdes significativas que melhorem o bem-estar das nossas comunidades”.
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