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16 de outubro de 2025
Por Bruna Camargo
São Paulo, 16/10/2025 – O índice de fundos de investimentos imobiliários da B3 (Ifix) já sobe cerca de 15% neste ano, porcentual que ainda deve aumentar até o fechamento de 2025. Essa é a expectativa de Flavio Pires, analista sênior de fundos imobiliários da Santander Corretora, que avalia que o Ifix tem potencial para bater sua melhor valorização desde 2019, quando avançou 36%. O combo de sinais de queda da taxa básica de juros, maior apetite dos investidores e portfólios melhores dos fundos devem apoiar o impulso do índice neste último trimestre do ano.
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Flavio Pires, analista sênior de fundos imobiliários da Santander Corretora
“Em termos de rentabilidade, esse tende a ser o melhor ano para o Ifix desde 2019. O índice já vem subindo em torno de 15% e deve passar dos 15,5% vistos em 2023. Então, em ganhos, deve ser o melhor ano para FIIs desde 2019, tendo em conta que podemos ver os sinais de queda de juros no ano que vem e vemos os portfólios dos fundos melhores em comparação ao ano passado. Eles cresceram em patrimônio e adquiriram bons ativos”, afirmou Pires, em entrevista à Broadcast.
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Segundo o analista sênior do Santander, há dois segmentos que tendem a se destacar no Ifix, o logístico e o de fundos de papel. “Esses dois segmentos conseguiram montar portfólios muito robustos de ativos, enquanto os fundos cresceram em termos de emissões de cotas e de investidores”, observa. Um fundo de papel comprar certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) com imóveis como garantia e um fundo de galpão logístico alocar áreas para players relevantes “não são mais diferenciais, é o mínimo”, diz Pires.
Enquanto isso, as captações dos fundos imobiliários têm sido bilionárias – no ano até agosto, a classe captou cerca de R$ 20 bilhões, destaca Pires, com o apetite do investidor pessoa física como fator relevante para esse movimento. “O mercado hoje está mais maduro, o investidor está mais ‘cascudo'”, brinca Pires, justificando a “virada de chave” observada nos últimos meses. Afinal, no fim do ano passado, houve uma fuga de FIIs e ativos de risco em busca da rentabilidade e segurança da renda fixa. “Os fundos imobiliários ainda são pouco conhecidos, mas os assessores de investimentos e o boca a boca de quem investe têm feito essa base de investidores aumentar”, acrescenta.
Além disso, o analista sênior do Santander que três segmentos devem despontar nos próximos anos e apoiar o crescimento da indústria: renda urbana, mais focado em tijolo físico nas áreas urbanas; fundos de papel, que devem seguir como player relevante para financiar o mercado imobiliário; e hedge funds, com o qual é possível “abocanhar” diferentes tipos de ativos e teses no mesmo veículo, também chamado de “FII multimercado” ou “FoF 2.0”. Por outro lado, o nível ainda elevado da Selic mantém fundos temáticos, como os de data center, como promessa de tendência. “O investidor ainda não está aberto a colocar dinheiro em teses muito diferentes. [A Selic] não é a única, mas é a principal barreira, pois a pessoa física compara retornos”, avalia Pires.
Contato: bruna.camargo@estadao.com
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