Plataformas Broadcast
Soluções de Dados e Conteúdos
Broadcast OTC
Plataforma para negociação de ativos
Broadcast Data Feed
APIs para integração de conteúdos e dados
Broadcast Ticker
Cotações e headlines de notícias
Broadcast Widgets
Componentes para conteúdos e funcionalidades
Broadcast Wallboard
Conteúdos e dados para displays e telas
Broadcast Curadoria
Curadoria de conteúdos noticiosos
Broadcast Quant
Plataformas Broadcast
Soluções de Dados e Conteúdos
Soluções de Tecnologia
10 de outubro de 2025
Por Gabriel Hirabahasi
O governo brasileiro insistirá com igual afinco na retirada de sanções dos Estados Unidos (EUA) contra autoridades brasileiras e no recuo do tarifaço aplicado a produtos importados do Brasil, apurou o Broadcast Político. Ainda não está claro, para integrantes do governo, como esse recuo dos EUA, em relação às punições previstas na Lei Magnitsky e à retirada de vistos, poderia acontecer em meio às discussões sobre termos comerciais.
A principal dificuldade na visão de integrantes do governo brasileiro está em qual narrativa a gestão de Donald Trump usaria para justificar o recuo sobre essas medidas. Quando foram anunciadas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por exemplo, foi tratado como um violador de direitos humanos. Ministros de Estado e outras autoridades brasileiras tiveram seus vistos retirados, ainda que não com a exposição que Moraes e sua esposa tiveram.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou por telefone com o secretário de Estado, Marco Rubio, na quinta-feira, 9. Segundo o Itamaraty, ficou definido que uma equipe do Brasil viajará a Washington para uma discussão sobre as “questões econômico-comerciais entre os dois países”. O tema das sanções não foi mencionado na nota divulgada pelo órgão.
Na conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Trump na última segunda-feira, 6, o petista abordou, brevemente, a questão. Disse que havia sanções injustas contra autoridades brasileiras e pediu que elas fossem retiradas. Até aqui, porém, o mesmo avanço observado em relação às questões comerciais não foi visto em relação às medidas restritivas às autoridades brasileiras.
O ponto de interrogação sobre as sanções é: como Trump venderia para a comunidade norte-americana e internacional a retirada das sanções contra Moraes e outras autoridades como uma vitória? O presidente norte-americano tem como costume, ao longo de suas negociações, emplacar o discurso de vitorioso.
No caso do tarifaço, Trump já deu sinais na conversa com Lula de que os norte-americanos têm sentido o impacto das taxas mais altas. Falou ao petista que os estadunidenses sentiram a falta do café. Há outros produtos em que haveria vantagem no recuo, como a carne, que também estão com preços mais altos após o tarifaço.
Apesar de ainda não estar claro como isso aconteceria, fontes ouvidas pela reportagem dizem que haverá a mesma prioridade por parte do governo brasileiro para reverter as sanções contra as autoridades. Afirmam que essa é uma questão de defesa da soberania brasileira, já que autoridades foram atacadas por sua atuação em defesa da democracia e da soberania. Ou seja, esse não é um ponto que o governo brasileiro pretende deixar em segundo plano na discussão com Trump e os norte-americanos.
Fontes ouvidas pelo Broadcast Político comemoraram o avanço dos últimos dias na relação com os Estados Unidos, mas insistem que é preciso ter cautela ainda. Avaliam que será uma negociação dura tanto em relação aos assuntos comerciais, quanto políticos. Não esperam mudanças abruptas em relação às tarifas e nem que todas sejam revistas imediatamente pelos norte-americanos. Alguns produtos, como maquinários e calçados, por exemplo, são vistos como de mais difícil revisão. Outros, como café e carne, são mais simples.
Veja também