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25 de setembro de 2025
Por Bianca Gomes, do Estadão
São Paulo, 25/09/2025 – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse a aliados que não há qualquer possibilidade de Gilberto Kassab, presidente do PSD e seu secretário de Governo, ocupar a vaga de vice em uma possível chapa à reeleição em São Paulo no ano que vem. O posto era o principal projeto político de Kassab para o pleito de 2026.
O dirigente tem atuado para que Tarcísio dispute a reeleição em São Paulo para, assim, se colocar como vice e, no futuro, assumir o Palácio dos Bandeirantes. A aliados, o governador demonstrou incômodo com as articulações do secretário em torno de um projeto pessoal e deixou claro que não aceitará a composição.
Procurado, o governo não se manifestou.
Nos últimos dias, numa tentativa de manter Tarcísio no xadrez estadual, Kassab intensificou o apoio à candidatura presidencial do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Nesta semana, o dirigente do PSD reuniu empresários em sua casa em São Paulo para reforçar que o paranaense é seu candidato ao Planalto, num gesto que foi recebido com maus olhos por correligionários do governador paulista.
Aliados de Tarcísio afirmam que foi o entorno de Kassab quem ajudou a espalhar, nos últimos dias, a narrativa de que o governador teria recuado da disputa presidencial diante da recuperação da popularidade de Lula e do desgaste com a defesa da anistia.
Tarcísio repete que seu projeto é a reeleição. Entre os motivos citados por ele para seguir no Palácio dos Bandeirantes estão a adaptação da família em São Paulo, o fato de ainda não ter concluído seus projetos no Estado e a avaliação de que a recondução é um caminho mais seguro, já que Lula pode recuperar sua popularidade no ano que vem com a força da máquina federal.
Aliados do governador avaliam que, diferente de 2022, quando era pouco conhecido e precisava de alianças para se viabilizar, Tarcísio já não depende de Kassab e tem liberdade para escolher o vice que quiser.
Embora a reeleição seja o projeto do governador, a candidatura presidencial não está totalmente descartada. No entanto, ela dependeria de um pedido explícito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente em prisão domiciliar, e da unificação da direita, cenário que hoje não é uma realidade, já que parte do bolsonarismo apoia a candidatura do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à Presidência.
Tarcísio não é o único incomodado com Kassab. Dirigentes de outros partidos também criticam a forma como o cacique tem conduzido as filiações ao PSD, sem consultar aliados do mesmo campo político.
No episódio mais recente, nesta semana, Kassab filiou Aline Torres, ex-secretária de Cultura de Ricardo Nunes, sem antes consultar o MDB. Aline estava presidindo o MDB Afro nacional e era considerada um quadro importante do partido na capital.
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