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24 de setembro de 2025
Por Circe Bonatelli
São Paulo, 24/09/2025 – A estratégia do Mercado Livre de baixar de R$ 79 para R$ 19 o valor mínimo das entregas elegíveis a frete grátis tem ajudado a acelerar as vendas e ampliar a base total de clientes. Ainda que isso gere pressão nas margens como efeito colateral, a decisão faz sentido dentro do contexto geral do comércio eletrônico brasileiro e dos objetivos do grupo.
“Rentabilidade não é algo que olhamos para o trimestre, mas sim para o médio a longo prazo”, afirmou o vice-presidente do Mercado Livre e líder da multinacional no Brasil, Fernando Yunes, durante entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira, 24. “Procuramos construir a melhor solução para os clientes e aumentar a base total de compradores”, emendou.
Desde que a ampliação do frete grátis foi anunciada, o tema passou a ser questionado por analistas de mercado, preocupados com a rentabilidade do grupo. Por sua vez, Yunes citou que as vendas da plataforma de comércio eletrônico cresciam a um ritmo na ordem de 25% neste ano até meados do segundo trimestre. Após a ampliação do frete grátis, o ritmo de crescimento das vendas aumentou e chegou a 34% em junho. “Acelerou bastante”, frisou o executivo.
O vice-presidente do Mercado Livre explicou que o frete é um ponto de fricção no processo de compra. Ou seja, o cliente pode abandonar o carrinho se tiver um frete de R$ 10 ou R$ 20 na hora de fechar negócio. Nesses casos, o frete grátis ajuda a garantir que a compra seja efetivada. Além disso, o cliente pode ir além e adicionar mais itens no carrinho. “Tem pressão de rentabilidade, sem dúvida. Um produto de R$ 19, com frete grátis, tem desafio de rentabilidade. Mas acreditamos que esse cliente vai comprar mais produtos em mais categorias, e ficar mais atraente”, afirmou.
O diretor sênior de Logística do Mercado Livre, Luiz Vergueiro, acrescentou que o frete grátis é possível por meio do aproveitamento da escala da operação. Há dias da semana com picos de entrega (como o início de semana, que vem na esteira das compras do fim de semana) e outros dias de menor movimento. “Já temos equipe disponível e caminhão saindo para entrega, mas nem sempre está cheio. Então, aproveitamos essa escala”, apontou.
Durante a coletiva de imprensa, a direção do Mercado Livre disse que o comércio eletrônico está em fase de crescimento e que a empresa está buscando aumentar a sua participação no mercado. O momento é importante porque há uma penetração crescente do ecommerce no varejo brasileiro. Hoje, esse patamar está em 14,7% e, na visão da companhia, deve chegar a 21,5% até 2028. Isso deve acontecer por meio do aumento do volume de vendas, diversificação das categorias de produtos e marcas. Em países como China e Estados Unidos, o ecommerce já representa 30% e 26% do varejo, respectivamente.
Contato: circe.bonatelli@estadao.com
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