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BB/Tobias: não temos intenção de vender ativos, nosso foco é retomar a rentabilidade do banco

24 de setembro de 2025

Por Cynthia Decloedt e Marianna Gualter

São Paulo e Brasília – , 24/09/2025 – O vice-presidente financeiro do Banco do Brasil (BB), Geovanne Tobias, afirmou que o banco não tem como estratégia no curto prazo de venda de ativos para dar mais fôlego ao capital da instituição. Mas indicou que um eventual IPO no BB Consórcios, com o BB saindo de parte de sua posição, não é descartado.

“Nosso foco principal é a retomada da rentabilidade, para sustentar o nível de capital a um patamar que consideramos ótimo para financiar os negócios. A retomada precisa ser urgente, a partir de 2026”, afirmou durante a sessão de perguntas de respostas do BB Day, que acontece em Nova York. Segundo ele, o BB deve adicionar capital extra apenas por meio de lucro mais elevado e contribuição de toda a remodelagem que está sendo feito na carteira do agronegócio.

Ele lembrou que os ativos do BB, como o Banco da Patagônia na Argentina, ou o BB Seguridade, onde a instituição tem 66% de participação, são complementares à cadeia de valor que o BB está reforçando e oferecem ótimos resultados.

No entanto, o executivo citou que o BB tem participações grandes nos ativos e que, eventualmente, poderia vender uma parte sem perder o controle. Ao mesmo tempo, pontuou que há vários bancos de investimento fazendo cotações para uma possível oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) para o BB Consórcios.

“É parte de nossa estratégia; isso não significa que não iríamos considerar um IPO em Consórcios, negócio altamente lucrativo e que sabemos que o mercado amaria ter um pedaço dessa empresa. Não é uma decisão nossa, mas dos acionistas, e não está em nossa estratégia de curto prazo”, afirmou.

Tobias reiterou ainda que o BB tem de ser cauteloso quanto às projeções de resultado para o terceiro trimestre e que esse deve ser um balanço com números praticamente estáveis em relação ao segundo trimestre.

“Nosso guidance para 2025 não é uma passeio no parque e já dissemos que no terceiro trimestre haverá deterioração na carteira do agronegócio, mas estamos confiantes de que a inadimplência no agro vai ficar estável no quarto trimestre”, observou. Segundo ele, a indicação é de que a inadimplência na carteira do agronegócio deve seguir acima do histórico de 2%.

Contato: cynthia.decloedt@estadao.com e marianna.gualter@estadao.com

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