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Vencedores do Prêmio Nobel fazem manifesto em defesa da democracia e alertam para riscos da IA

24 de setembro de 2025

Por Aline Bronzati, correspondente, e Gabriel Hirabahasi

Nova York e Brasília, 24/09/2025 – Vencedores do Prêmio Nobel fizeram uma defesa à democracia em manifesto publicado nesta quarta-feira. No documento, divulgado durante a segunda reunião em defesa da democracia, na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, eles alertam anda para os riscos de desinformação amplificados pelas plataformas digitais e a inteligência artificial (IA).

“Em um tempo de polarização política e instabilidade global, com a democracia sob ameaça em muitos lugares, nós, os laureados do Prêmio Nobel, afirmamos a importância da democracia e do multilateralismo e, portanto, escrevemos em apoio à iniciativa de 20 países para promover a democracia fortalecendo instituições, abordando a desigualdade de renda e enfrentando o ecossistema de informação online”, disse o economista Joseph Stiglitz, um dos economistas vencedores do Prêmio Nobel, e que assina a carta.

No documento, eles alertam para pressões que a imprensa, os jornalistas, e a liberdade de expressão e acadêmica têm sofrido em muitos países. Também demonstram preocupação com o “grande poder” de amplificação de desinformação das plataformas digitais e das empresas de inteligência artificial generativa.

Abaixo, a íntegra do manifesto:

‘Em um tempo de polarização política e instabilidade global, com a democracia sob ameaça em muitos lugares, nós, os laureados do Prêmio Nobel abaixo assinados, afirmamos a importância da democracia e do multilateralismo e, portanto, escrevemos em apoio à iniciativa de 20 países para promover a democracia fortalecendo instituições, abordando a desigualdade de renda e enfrentando o ecossistema de informação online.

Como laureados do Prêmio Nobel, especialmente elogiamos os líderes que participam da iniciativa Democracia Siempre por seu firme compromisso com a razão e seu acordo de que, apesar das diferentes visões de mundo de seus membros, os fatos não podem ser falsificados. Também respeitamos seu firme compromisso com a paz, respeito pelo direito internacional e direito humanitário internacional.

Apoiamos a ênfase na importância da informação e notícias de qualidade para informar o público, promover o engajamento civil construtivo e promover a democracia. De fato, a liberdade de expressão é um direito humano reconhecido internacionalmente. Estamos especialmente preocupados com os efeitos intimidadores sobre a imprensa livre, a liberdade de expressão e a liberdade acadêmica que ocorreram em muitos países e os efeitos intimidadores de ações de difamação contra jornalistas ao redor do mundo; bem como do imenso poder de amplificação de desinformação e desinformação que foi cedido às plataformas digitais e agora às empresas de IA generativa.

Elogiamos os líderes por seu compromisso de converter princípios elevados em ações concretas e esperamos trabalhar juntos no futuro para apoiar esta importante iniciativa.

Atenciosamente’.

Participam da segunda reunião em defesa da democracia os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); da Colômbia, Gustavo Petro; do Chile, Gabriel Boric; e do Uruguai, Yamandú Orsi; além do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez. O encontro acontece em paralelo na sede das Nações Unidas (ONU), em nova York, nos Estados Unidos.

Contato: aline.bronzati@estadao.com e gabriel.hirabahasi@estadao.com

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